Após mais de dois anos, Jundiaí completa um mês sem mortes por Covid-19

Se passaram 31 meses desde que a pandemia da COVID-19 foi declarada mundialmente e que os primeiros casos fatais começassem a ser registrados. Em Jundiaí não foi diferente. Contudo, a cidade tem o que celebrar no dia 18 de outubro: um mês sem mortes pela doença. O número positivo é creditado ao trabalho em conjunto, realizado entre a sociedade – com as ações de prevenção e busca pela vacinação – e aos profissionais e serviços de Saúde – que se empenharam em oferecer o melhor atendimento à população -.

“Foram muitas as etapas que Jundiaí superou, desde o completo desconhecimento da doença, a dor pelas mortes de entes queridos, a expectativa pela vacina, sua chegada, aplicação, retomada econômica gradativa até chegarmos ao estágio de platô, redução dos casos graves e agora, alcançamos um mês sem óbitos. A superação do desafio imposto é um marco para toda a sociedade, que, unida, aderiu aos protocolos preventivos e apoiou o trabalho dos profissionais de Saúde”, comenta o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) Tiago Texera.

Família inteira

Em fevereiro de 2021, quando as vacinas estavam começando a chegar ao país, Sueli de Almeida Borges, 60 anos, adoeceu. Foi internada num sábado e ficou 10 dias no Hospital São Vicente de Paulo (HSV), inclusive tendo a necessidade de usar ventilação mecânica. Três dias depois foi a vez do marido, Roberto Carlos Reigado, 58, e na sequência, a sogra, Maria Luiza Carmensini Reigado, 85 anos, que ficou mais tempo internada, 18 dias. “Senti a morte por perto. Esse vírus é muito traiçoeiro e grave. Só tenho a agradecer todo o cuidado e atendimento dedicado pela equipe do HSV. Todos nós sobrevivemos. Mas muitas pessoas não tiveram o mesmo final. Completar um mês sem registro de morte é um marco importante e representa muito para quem passou pela doença, como eu e minha família”, comenta a mulher, moradora no bairro Torres de São José.

Desde o início da pandemia, Jundiaí contabiliza 96.539 casos positivos para a doença, sendo 1.821 fatais. Entre a vacinação contra a doença, a cidade aplicou 1.198.319 doses entre todos os públicos habilitados para a aplicação em primeira até quarta dose adicional. Quem ainda tem alguma dose em atraso, pode procurar qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS), Clínica da Família ou o Posto de Vacinação Vila Hortolândia (antiga creche do idoso) para completar a imunização.