Primas de Jundiaí criam pulseiras e acessórios para ajudar vítimas no Rio Grande do Sul

Por Dircélio Timóteo

Duas meninas de apenas 9 anos, moradoras do bairro Jardim Santa Gertrudes, em Jundiaí, estão fazendo a diferença para ajudar as vítimas das recentes catástrofes no Rio Grande do Sul. As primas Maisa e Lívia Peroni uniram-se há duas semanas com um objetivo claro: angariar fundos para os necessitados através da criação e venda de pulseiras e acessórios.

Os pais das meninas, comerciantes locais, foram uma grande influência no desenvolvimento desse espírito empreendedor. Cristiane, mãe de Lívia, contou para a RS NOTÍCIAS que a iniciativa começou quando sua filha, após assistir a várias reportagens sobre a tragédia, expressou o desejo de ajudar, mas não sabia como. Foi então que, em contato com a prima, decidiram aprender pela internet a criar pulseiras e outros acessórios.

Com dedicação e utilizando a matéria-prima da loja da família, que vende produtos de armarinhos e utilidades, as meninas começaram a produção.

Apesar de uma tentativa inicial dos pais de desencorajá-las, Maisa e Lívia estavam determinadas. Montaram uma pequena mesa na porta da loja e começaram a vender seus produtos, aproveitando o movimento do varejão, que acontece todos os sábados, das 6h às 13h, na Pe. Norberto Mojola.

A criatividade das primas ao abordar os clientes e oferecer suas peças, que variam entre R$ 5 e R$ 10, chamou atenção. Fabiana Peroni, mãe de Maisa, relatou que na primeira semana elas conseguiram levantar cerca de R$ 450.

Parte do valor arrecado foi utilizado para cobrir os custos da matéria-prima, incentivando o senso de responsabilidade nas meninas. Com o dinheiro acumulado, elas foram ao supermercado comprar água e comida, que foram encaminhados a um posto de coleta para serem enviados ao Rio Grande do Sul.

A banquinha de acessórios das crianças continua em frente à loja da família, e o sucesso das vendas se deve à simplicidade, espontaneidade e, principalmente, ao propósito nobre que as move.

Jorge Pinezi estava passando pelo local quando foi abordado pelas crianças. Mesmo não tendo filhas para quem dar as pulseiras, ele decidiu colaborar com a causa. Além do gesto nobre, Jorge comentou que a iniciativa das meninas não é apenas um ato de solidariedade, mas também uma poderosa mensagem de esperança em tempos difíceis.