Ônibus que tombou no litoral não tinha licença para viajar entre cidades

 

O ônibus de turismo que tombou por volta das 6h do sábado (13) e deixou ao menos sete mortos estava com as licenças em dia, mas não tinha a permissão da ANTT (Agencia Nacional de Transporte Terrestre) para viagens interestaduais. A polícia investiga se o motorista tentava chegar a Paraty de forma irregular.

Entre as vítimas do tombamento do veículo, na rodovia Oswaldo Cruz, em trecho na região de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, havia uma criança, filha do motorista. De acordo com informações iniciais do Corpo de Bombeiros, pelo menos 48 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas a prontos-socorros das proximidades.

Os sobreviventes descrevem o desespero no momento do acidente: “A gente foi arremessada do outro andar para fora, aquele desespero, aquela gritaria”, diz uma das passageiras. “Ninguém espera uma situação dessas”, relata outra. “A família está desolada, a mãe está muito machucada fisicamente e psicologicamente”, diz Solange Machado, amiga da família do motorista.

O ônibus saiu de São Paulo com destino a Ubatuba e tombou na altura do km 75 da rodovia, no trecho da serra — dez viaturas dos bombeiros e um helicóptero da Polícia Militar prestaram apoio. A via foi totalmente interditada durante os trabalhos dos bombeiros e do Samu.

Segundo os bombeiros, 48 vítimas foram socorridas e levadas ao pronto-socorro de Ubatuba, nove ao Hospital Regional de Taubaté e três para São Luiz do Paraitinga. Cerca de 12 pessoas saíram ilesas do acidente, disse a corporação.

Em nota, a Santa Casa de Ubatuba informou que atendeu até o momento 48 vítimas do acidente — uma faleceu. “A direção do hospital filantrópico priorizou o atendimento às vítimas do acidente e, por esse motivo, só está atendendo os casos de emergência. Os outros casos estão sendo encaminhados para a Unidade de Saúde do Ipiranguinha. As visitas também foram suspensas”, diz comunicado.

A Prefeitura de Ubatuba informou que mobilizou para prestar apoio às vítimas os profissionais da Santa Casa, Defesa Civil, Guarda Metropolitana, Samu, além das secretarias de Saúde, Assistência Social e Segurança Pública.

Com informações do R7; Foto: Corpo de Bombeiros de SP