Novos gestores mostram o caos da Prefeitura de Campo Limpo Paulista

O abandono da cidade é apenas um dos reflexos da antiga administração municipal. A falta de gestão deixou traços muito piores dentro da prefeitura: verbas inexistentes, equipamentos quebrados e sucateados, contratos irregulares e muita, muita sujeira. Colocar a casa em ordem e dar transparência aos processos é prioridade para o novo prefeito Dr. Luiz Braz, tanto que ao longo da semana aceitou convite da Câmara Municipal para mostrar o balanço desse início de gestão.

Em menos de 30 dias da troca de prefeitos, foi possível ver que a mudança já começou nas ruas da cidade – ainda falta muito, é verdade. Mas a maior mudança mesmo foi no jeito de governar e cuidar do dinheiro público. Auditorias, sindicâncias, análise de processos e muita vontade é o que foi mostrado pelos gestores das áreas de Promoção Social, Finanças, Serviços Urbanos, Educação, Saúde, Obras, Esporte, Meio Ambiente e Cultura, Eventos e Juventude apresentaram através de planilhas, números e fatos o que a gente achava que estivesse restrito ao abandono do município.

Os piores momentos

O que mais se viu nos slides apresentados pelos gestores foram contas que não fecham, departamentos cheios de lixo, maquinário quebrado e muitas irregularidades. Os absurdos maiores, porém, estão mesmo nos contratos firmados e pagamentos injustificados. Tanto que o prefeito Dr. Luiz Braz criou uma Comissão Municipal com sete advogados que tem como objetivo apurar as irregularidades, punir os culpados e ressarcir os cofres públicos.

O gestor de Finanças Fábio Ferreira relatou que recebeu um relatório financeiro de mais de 19 milhões, mas, na apuração, não havia mais de R$ 5 milhões após um balanço. Essa não foi a primeira surpresa: durante o mês de dezembro houve uma imensa quantidade de pagamentos que estão sendo avaliados pela nova gestão, feitos de forma irregular e suspeita.

O maior problema mesmo neste momento são as dívidas a curto prazo – restos a pagar, PASEP e principalmente, INSS. Elas somam mais de R$ 20 milhões e devem ser pagas até abril porque a Prefeitura não está recebendo o FPN (Fundo de Participação dos Municípios) por falta de certidão negativa de débitos com a Previdência, entre outros. Há também a dívida a longo prazo que ultrapassa o valor de R$ 40 milhões.

Balanços

A experiência e capacidade administrativa de Dr. Luiz está sendo mostrada pela sua equipe de gestores. Um exemplo disso é a Assistência Social que mesmo sem ter nenhum dado nos computadores, totalmente formatados, não só arrumou a casa como está triando cidadãos para a Frente de Trabalho – que começa muito em breve, com 150 trabalhadores.

Serviços Urbanos atendeu quase metade das ocorrências recebidas em menos de um mês – com uma equipe muito reduzida, sem equipamentos e veículos. Entre pontos importantes apresentados estão a iluminação da Aderbal da Costa Moreira e a solução para alagamentos em dias de chuva das avenidas Dom Pedro I e Bragantina (em frente ao hospital).

No hospital, a troca de comando e revisão de contratos vai gerar uma economia que pode chegar a R$ 2 milhões mês, com tomografia, ultrassom e ortopedista (com o dobro do tempo trabalhado). Economia que será revertida em melhorias no próprio setor.

As aulas retomam dia 15, de forma digital, mas a ideia é poder melhorar as condições da educação e daquilo que é oferecido para a população. A pista de caminhada voltou a funcionar e quem diria, as portas do teatro foram reabertas.

Muito para pouco tempo. “Nossa prioridade é o nosso cidadão e para ele que trabalhamos”, afirma o prefeito Dr. Luiz.

O reflexo da má gestão (box)

Assistência Social – Prédios sucateados, computadores sem registro de atendimentos anteriores e contratos sem assinatura da APAE e Raio de Luz (casa transitória).

Obras – Obras com projetos irregulares, faltando medições importantes e documentação. Todos tiveram de ser reavaliados.

Serviços Urbanos – Falta de máquinas, funcionários, equipamentos e veículos. Mais de 10 contratos analisados e descoberta de pagamentos irregulares em serviços não realizados de manutenção de estradas de terra.

Educação – Pagamento para Creche do bairro Santa Lúcia, fechada. Também estão em análise pagamentos de merenda escolar e de aperfeiçoamento de professores.

Saúde – Rescisão do contrato de tomografia, radiologia, cozinha, atendimento Covid e inclusão em um único contrato, com ampliação e melhoria de serviços, gerando uma economia de até 6 milhões por trimestre.

Fonte: Assessoria de  Imprensa Prefeitura de Campo Limpo Paulista