Piloto paga R$ 2 milhões em acordo na Justiça após acidente que matou jovem

O piloto automobilístico Luca di Paula Seripieri, filho do fundador da Qualicorp, pagou R$ 2 milhões em um acordo na Justiça em um processo sobre o acidente causado por ele e que provocou a morte de uma jovem no condomínio Quinta da Baronesa, divisa de Itatiba e Bragança Paulista.

O valor foi pago após acordo com o Ministério Público para reparação social pelo homicídio no acidente. A verba vai ser destinada a instituições e órgão públicos da cidade. O acidente aconteceu em dezembro de 2018. Luca di Paula Seripieri, que é piloto da Porshe Cup, dirigia um Mini Cooper com quatro passageiros no condomínio, quando perdeu o controle e bateu contra uma árvore.

Luca di Paula Seripieri, é piloto da Porshe Cup e dirigia um Mini Cooper com quatro passageiros no condomínio.

Na batida, uma das vítimas chegou a ser arremessada e teve ferimentos graves. A segunda vítima, Thais Novak, de 18 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Outras duas também ficaram feridas, mas foram socorridas e se recuperaram.

Thais Novak, faleceu no acidente dentro do condomínio de luxo.

Acordo na Justiça

Após o acidente, o Ministério Público se manifestou pela denúncia criminal de Luca por ter sido negligente no momento do acidente. De acordo com o MP, a velocidade da via, que era de 30 km/h não era compatível com a proporção do acidente, o que sugere que ele dirigia acima do permitido. Além disso, Luca transportava passageiros além da capacidade do veículo.

A defesa do piloto, no entanto, pediu que fosse feito um acordo, levando em conta que ele havia admitido as falhas e que não era reincidente. O MP chegou a negar o pedido, mas voltou atrás e aceitou o acordo. Luca pagou R$ 2 milhões no acordo que destinou R$ 200 mil para a Guarda Municipal de Bragança Paulista, R$ 300 mil para o Hospital São Francisco, R$ 200 mil Polícia Civil, R$ 300 mil para a Santa Casa de Misericórdia e R$ 200 mil para o Tiro de Guerra de Bragança Paulista. Além de verbas destinadas a instituições de caridade e serviços assistenciais.

A família das vítimas decidiu não processar o piloto pelo acidente. Elas foram ressarcidas com os valores gastos com despesas médicas e psicológicas.

Foto: TV Vanguarda