Composto presente em vegetais ajuda a combater doenças hepáticas gordurosas

Não é nenhuma novidade que consumir alimentos saudáveis como frutas e vegetais traz diversos benefícios à saúde, como a oferta de vitaminas e mineiras e o auxílio na perda de peso. Agora, um novo estudo publicado no periódico Hepatology mostra que um composto natural chamado indol, encontrado nos vegetais crucíferos — como couve, brócolis e couve-flor —, pode ajudar a combater a DHGNA (doença hepática gordurosa não alcoólica).

Estudo foi feito com 137 pacientes chineses

O que causa doença hepática gordurosa não alcoólica? O quadro acontece quando as células e os espaços do fígado são preenchidos por gordura, tornando o órgão volumoso e pesado. A doença é provocada prioritariamente por má alimentação, sedentarismo, sobrepeso, obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides alto, e perda ou ganho muito rápido de peso.

Porém, também pode ser causada pelo uso de certos medicamentos (hormônios e corticoides, entre outros), ou por inflamações crônicas associadas, por exemplo, à hepatite C ou outras doenças hepáticas. Se não for tratada adequadamente, essa condição pode levar a uma doença hepática com risco de vida, incluindo cirrose ou câncer de fígado.

As bactérias intestinais também podem ter um efeito – positivo ou negativo – na progressão da doença hepática gordurosa. Essas bactérias produzem muitos compostos diferentes, um dos quais é o indol. Este produto do aminoácido triptofano foi identificado por nutricionistas clínicos e cientistas da nutrição como provavelmente tendo benefícios preventivos e terapêuticos para pessoas com DHGNA.

Como o estudo foi feito:

  • Para a análise, os pesquisadores investigaram os efeitos do indol em indivíduos com fígado gorduroso.
  • Os resultados obtidos por meio de 137 pacientes chineses apontaram que pessoas com um índice de massa corporal mais alto tendem a ter níveis mais baixos de indol no sangue. Além disso, os níveis de indol naqueles que eram obesos foram significativamente menores do que aqueles que eram considerados magros.
  • Nas pessoas com níveis mais baixos de indol, houve também uma maior quantidade de gordura no fígado.
  • Os cientistas acreditam que os resultados devem se estender a outras etnias, embora a origem étnica possa ter alguma influência nas populações de bactérias intestinais e nos níveis exatos de metabólitos.

(Fonte/Foto: Uol)