Com seus 354 quilômetros quadrados de área, a Serra do Japi completa a marca de 40 anos de tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), nesta quarta-feira (08). Reserva biológica de fauna e flora remanescentes da Mata Atlântica, a Serra é protegida, também, por lei municipal reeditada no ano passado, para garantir a não exploração imobiliária do entorno.
E para comemorar esta marca histórica, a Fundação Serra do Japi irá realizar dois dias de eventos para relembrar alguns dos acontecimentos históricos destas quatro décadas. Nesta quarta-feira (8), acontece uma roda de conversa, de maneira on-line, com Regina Celia de Oliveira professora do Departamento de Geografia do Instituto de Geociência/Unicamp e Sarah Andrade Sampaio Geógrafa doutoranda de Pós
Graduação em Geografia pelo Instituto de Geociências/Unicamp.
As inscrições para participar podem ser feitas através deste link, e quem assistir poderá fazer perguntas para as especialistas no final.
No domingo (12), às 9h, a Fundação Serra do Japi, na Santa Clara, recebe o evento oficial de comemoração aos 40 anos de tombamento, que abordará as questões históricas da Serra e todo o processo realizado durante estas quatro décadas. “O conhecimento adquirido em todos esses anos não fica restrito às questões relacionadas apenas à Serra do Japi, mas gera conhecimento científico a nível mundial”, comenta Vania Plaza Nunes, superintendente da Fundação Serra do Japi.
Existente em quatro municípios: Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva, em 1992 a Serra do Japi também foi tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), como patrimônio da humanidade e declarada reserva da biosfera.
O tombamento da Serra do Japi, ato do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephat), em 1983, é resultado de iniciativas da Administração Pública Municipal, do trabalho do Geógrafo Aziz Ab’Saber, e da mobilização da população da região, em especial da cidade de Jundiaí.
São muitos os responsáveis pelos resultados alcançados e pelo nível de proteção atual da Serra do Japi, determinado principalmente pelo efetivo envolvimento de moradores e de representantes da população. “É justo que nos lembremos daqueles que, ao longo da história da proteção da Serra do Japi, desejaram, antes de tudo, promover acordos colocando-se diante dos inevitáveis conflitos, dentre eles estão o arquiteto Antônio Fernandes Panizza, autor dos primeiros Planos Diretores do Município; os membros do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria n.º 312, de 31 de agosto de 1977, encarregados de estudar e propor medidas visando à criação de Parques Municipais e Reservas Biológicas; o engenheiro agrônomo Antônio Araújo; o professor Pedro Fávaro; além, é claro do geógrafo Aziz Ab’Saber”, comenta o gestor da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) Sinésio Scarabello Filho.
Comemoração
Também para comemorar a data, a Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí (OSMJ) fará um concerto especial em homenagem ao aniversário de tombamento neste sábado (11), às 20h. Para esta apresentação, que abre a pré-temporada 2023, o corpo artístico municipal ligado à Unidade de Gestão de Cultura (UGC) levará para o palco do teatro Polytheama todo o seu grupo de cordas profissionais e seus jovens músicos bolsistas, que se apresentam como solistas em todas as obras apresentadas, num repertório que envolve peças barrocas, clássicas e de música brasileira de concerto.