O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso preventivamente pela PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (22), deve passar a noite na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, de acordo com o advogado de defesa Daniel Bialski.
Segundo o defensor do ex-ministro, a PF alegou que não tem recursos logísticos para fazer a transferência de Ribeiro a Brasília ainda nesta quarta.
Com isso, a audiência de custódia do ex-ministro deve ser feita por vídeo nesta quinta-feira, a despeito da decisão da Justiça do Distrito Federal que havia negado o pedido da defesa para a permanência do ex-ministro na capital paulista.
Ribeiro foi alvo de busca e mandado de prisão nesta manhã por suspeitas de envolvimento em corrupção passiva e tráfico de influência durante sua gestão à frente do Ministério da Educação.
A operação Acesso Pago deteve Ribeiro em sua casa em Santos, no litoral paulista. Também foi detido os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os três são acusados de instaurar um balcão de negócios no MEC (Ministério da Educação) utilizando verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), ligado à pasta.
Procurada, a PF ainda não se manifestou sobre o assunto.
Os crimes dos quais o ex-ministro é acusado tem relação com um esquema de corrupção orquestrado por pastores evangélicos, a partir da distribuição de recursos do FNDE durante sua gestão.