Fundação Serra do Japi alerta para atropelamento de animais silvestres

Embora Jundiaí seja contemplada por contar com a Serra do Japi, área de proteção e preservação ambiental, berço de várias espécies animais e vegetais, e apesar de todas as medidas adotadas para a proteção da área, uma das principais e crescente preocupação é o atropelamento de animais silvestres.  A preocupação não se restringe à região da Serra do Japi e sim com todos os fragmentos florestais que criam ou buscam manter ainda uma interconexão para os animais terrestres e aves passeriformes. 

Na semana passada, um cachorro do mato foi encontrado morto depois de ser atropelado por um veículo na Av. Luiz Gobbo, na Santa Clara. Também foi registrado avistamento de animais silvestres atravessando a Av. Navarro de Andrade, próximo ao Paço Municipal, além do atropelamento de diversos indivíduos de diferentes espécies.

O avistamento de animais silvestres pode ser comunicado à Fundação Serra do Japi por meio do aplicativo da Prefeitura de Jundiaí. A função está disponível na plataforma de Desenvolvimento Sustentável na faixa de “recolhimento de animais em via pública”. “Ao sabermos onde os animais silvestres foram vistos, poderemos mapear as áreas onde eles estão aparecendo, verificar possíveis vulnerabilidades e, principalmente, adotar medidas mitigadoras quando for o caso. É importante saber quão perto da vida urbana eles estão chegando pela nossa expansão na urbanização”, explica a superintendente da Fundação Serra do Japi, Vânia Plaza Nunes.

A Fundação, junto a Prefeitura de Jundiaí e em parceria com universidades, está analisando a implantação de sistemas com passagem para animais em pontos que estão já sendo informados e mapeados. O objetivo é a diminuição do atropelamento de animais, além da utilização, também, de ferramentas de sinalização e retenção de velocidade dos veículos para viabilizar a travessia em segurança dos animais.

“Importante salientar que após a instalação dos diferentes sistemas, o monitoramento e acompanhamento periódico devem ocorrer, pois ajustes são sempre necessários, combinando as espécies alvo da proposta e as mudanças que podem ocorrer ao longo do tempo”, destaca Vânia Plaza Nunes. O número de animais atropelados e que passam por atendimento na ONG Mata Ciliar, de Jundiaí (SP), quase dobrou no fim de 2023. De acordo com dados divulgados pela própria associação, em novembro, as equipes atenderam 23 animais. Já em dezembro, este número subiu para 42.