por Dircélio Timóteo
Foi-se o tempo que o comerciante podia trabalhar tranquilamente, ficar até mais tarde sem nenhuma preocupação. Que a dona de casa podia ficar no portão conversando com as amigas antes de preparar a janta para a família. Hoje, quando o sol se põe ela se prepara para entrar em sua residência e trancar a porta com medo da criminalidade que a cada dia cresce.
Em um dos bairros mais antigos de Jundiaí – o Vianelo, alguns comerciantes da avenida Odil Campos Saes e no entorno, se organizaram em um grupo de WhatsApp para debater o assunto e para se comunicarem de forma rápida e alertar uns aos outros da presença de perigo eminente.
Juliana, que prefere apenas se identificar com o primeiro nome, comenta que em quase todas as noites um comércio é arrombado e algumas mercadorias levadas, causando grande prejuízo e transtorno para o comerciante. Em imagens de circuito é possível ver ação dos bandidos, que em outros momentos levam fios de energia elétrica, torneiras, equipamentos de ar condicionado, corrente de estacionamento e em um deles conseguiram tirar até um toldo. “Qualquer coisa que tenha valor eles levam para vender ou trocar por drogas” – disse.
Por meio das redes sociais, mensagens compartilhadas entre comerciantes também reforçam a indignação de lojistas. “O comércio do Vianelo pede socorro, não aguentamos mais. Todos os dias algum comércio da região é invadido”, menciona uma das mensagens.
Uma das imagens mostra ação de um jovem na área de um supermercado, com ferramenta cortante e rolo de fios elétricos nas mãos– possivelmente tenha furtado do local.
Região da Ponte Torta
Outra preocupação dos comerciantes são os moradores em situação de rua que estão na região da Ponte Torta. De acordo com Juliana, quem passa pelo trecho fica amedrontado.
“O número de moradores de rua está aumentando, é perceptível a existência deles no local. Outro dia contei 12 homens, eles estão tomando conta, eles estão se organizando, se abrigando em barracas e embaixo de toldos do comércio” – ressalta Juliana.
Para a aposentada, Adelaide Ribeiro, que mora no bairro, a situação piora durante a noite, devido ao uso de drogas por parte dos moradores de rua. “Muitos deles usam entorpecentes e saem vagando como ‘zumbis’. Eles atravessam a rua sem olhar. E esse trecho tem enorme tráfego, e a noite virá ponto de drogas e bebidas alcoólicas”- completa.
A reportagem da REDE SOCIAL NOTÍCIAS entrou em contato com a Polícia Militar para saber como anda a fiscalização na região, e o que pode ser feito para melhorar o policiamento no bairro, mas até o fechamento da matéria, não houve retorno.
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