A operação que foi deflagrada nesta sexta-feira (10) pelo Gaeco de Campinas (SP), com apoio da Polícia Militar, prendeu mais de 10 guardas civis suspeitos de envolvimento em uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e corrupção de agentes públicos na região de Jundiaí (SP). Na ação, foram apreendidas drogas, armas de fogo e dinheiro.
Segundo o Ministério Público, a operação mapeou o sistema de distribuição de drogas na região de Várzea Paulista e Jundiaí, resultando na prisão de 10 traficantes e apreensão de cerca de 40 kg de drogas (cocaína, crack, maconha e lança perfume), diversas armas de fogo, entre elas fuzil, milhares de munições de diversos calibres, aproximadamente R$ 75 mil em espécie, celulares e outros objetos relacionados ao tráfico.
Durante as investigações, foram constatados indícios do envolvimento de guardas municipais com traficantes para que, mediante o recebimento de propina, não agissem nos pontos de venda de drogas e fornecessem informações para frustrar ações policiais nesses locais.
Onze guardas municipais foram presos temporariamente, sendo 10 de Várzea Paulista e um de Jundiaí. Outros dois foram presos em flagrante por tráfico de drogas.
Ainda segundo o Ministério Público, no total, 21 mandados de prisão temporária foram cumpridos durante a operação.
As buscas continuam para a prisão de cinco foragidos. O Ministério Público tem 30 dias para encerrar as investigações, ouvindo os envolvidos e examinando os materiais apreendidos (documentos e equipamentos eletrônicos).
Os investigados poderão responder por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e contra a Administração Pública, dentre outros apurados ao longo das investigações.
O que diz a Prefeitura de Jundiaí
Segundo a prefeitura de Jundiaí, a ação também foi acompanhada pelo Executivo, que irá instaurar um processo administrativo para apurar os fatos.
A Unidade de Gestão de Segurança Municipal (UGSM) informa que a Guarda Municipal de Jundiaí tem sua atuação pautada pelos princípios da legalidade e da transparência. Desta forma, acompanha, juntamente com o Ministério Público, as ações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) e Choque realizadas nesta manhã.
Além da investigação realizada pelas corporações, a Corregedoria da GMJ atuará nos casos para a apuração de respondabilidades e punições cabíveis.
A UGSM reforça a posição de não compactuar com atuação ou comportamento que não sejam dedicados à proteção do patrimônio público e dos munícipes.
O que diz a Prefeitura de Várzea Paulista
A Prefeitura de Várzea Paulista comunicou, em nota, que acompanhou a operação e se colocou à disposição para ajudar nas investigações. A Prefeitura ainda informou ainda que instaurará processo administrativo para apurar os fatos.
Além da investigação realizada pelas corporações, a corregedoria da guarda também irá apurar o caso e aplicar as punições cabíveis.
Com informações do G1, Prefeitura de Jundiaí e Prefeitura de Várzea Paulista