Natural de Giral Poceano, em Alagoas, Maria Joselma Ferreira de Souza Lima e Gilson Bezerra Farias, moram há 11 meses em Várzea Paulista. Desempregados, contam com ajuda de doações para cuidar dos dois filhos e não tem condições de pagar pelas passagens para voltar para sua terra natal.
Desempregada, Maria Joselma Ferreira de Souza Lima, de 30 anos, vive um drama após decisão de morar no estado de São Paulo com seu marido e 4 filhos.
A princípio era a decisão certa e a motivação era a oportunidade de emprego, ganhar dinheiro para reformar sua casa no Sítio Pitúbas, na cidade de Giral Poceano, há 159 quilômetros de Arapiraca, em Alagoas, além de dar uma nova vida para seus filhos.
A situação piorou após passar por complicações na gravidez, perdendo o bebê no segundo mês de gestação.Sem nenhuma condição, a família depende de doações e de R$ 400,00 que ganha do Programa Bolsa Família para sobreviver e não tem condições de pagar a viagem de volta para Alagoas.
“Quanto mais tempo ficamos aqui, mais as despesas aumentam e a angústia também”, desabafa Maria Joelma.
Com 4 aluguéis atrasados e sem nenhuma infraestrutura higiênica, eles vivem em uma casa de alvenaria na comunidade Ilha Bela, na Vila Real, em Várzea Paulista – interior de São Paulo, onde pagam mensalmente R$ 350,00.
Joselma chora ao falar de sua cidade, onde diz que nunca deveria ter saído. Ela lamenta a situação que colocou seus filhos, que cobram uma atitude e anseiam dignidade.
“Não há momento que fico sem chorar, de onde eu vim sobrevivíamos com serviços pesados da roça mas não se compara a realidade daqui, lá nunca precisei da ajuda de ninguém para comer. Aqui meu marido nem emprego consegue.”
Texto e foto: Dircélio Timóteo