A Oculus, divisão de realidade virtual (VR, na sigla em inglês) do Facebook, anunciou nesta quinta-feira (19) uma versão de testes de um ambiente pensado para simular reuniões presenciais.
Chamado de Horizon Workrooms, o espaço está disponível para pessoas que possuem um headset Quest 2, que custa US$ 299 (cerca de R$ 1.600, na cotação atual) e que não é vendido oficialmente no Brasil.
Ao se conectar com outros usuários, as pessoas podem configurar um avatar e interagir com elementos como lousas, blocos de anotações e tela de apresentação.
Quem não tem um headset pode se conectar por chamada de vídeo convencional e participar por meio de uma “tela” no ambiente.
O equipamento também conta com uma tecnologia chamada “áudio espacial”, capaz de simular a direção de onde o som está vindo. A tentativa é simular um ambiente físico.
As aplicações de realidade virtual existem há anos, mas ainda não decolaram – ainda é uma tecnologia cara e com muitas restrições, já que exige bastante poder de processamento gráfico.
Essa novidade do Facebook é um passo na direção do que Mark Zuckerberg, presidente-executivo da empresa, tem chamado de “metaverso” – uma espécie de universo digital, que de certa forma se sobrepõe à realidade física.
Em entrevista recente ao site americano “The Verge”, Zuckerberg disse que o “metaverso” pode vir a ser um sucessor da internet como conhecemos e substituir em parte a interação com celulares e outras telas. Essa visão é compartilhada por alguns outros executivos do setor da tecnologia.
Ao mesmo site, o chefe do Facebook afirmou que a empresa tem utilizado o Workrooms para reuniões internas há cerca de seis meses.
Apesar disso, os óculos VR ainda parecem estarem longe de conquistar o público geral – seja pelo preço ou pelo design pouco discreto e confortável.
Fonte: G1
Foto: Horizon Workrooms, ambiente em realidade virtual desenvolvido pela Oculus, empresa do Facebook — Foto: Divulgação