No dia (6), teve início a nova fase vermelha e no dia (15) a fase emergencial. No dia (20), esse índice começou a cair. No dia (30), estava em 0,7%.
A redução é resultado direto, na avaliação do governo, das ações para aumentar a restrição da circulação. Embora o rastreamento oficial da taxa de isolamento, feito com base em dados das operadoras de telefone celular, não tenha subido de forma significativa, o governo aponta que, só na Grande São Paulo, 1,5 milhão de pessoas deixaram de sair de casa a partir da fase vermelha. Eles dizem se basear em informações das redes de trem, ônibus, metrô e do trânsito da capital para fazer a estimativa.
Cautela
Politicamente, o dado é tido como vitorioso, porque mostra que o isolamento – criticado por opositores do governo João Doria PSDB, incluindo o presidente Jair Bolsonaro – foi eficaz em conter alta de internações. A informação deverá ser usada para rebater as críticas às ações. A redução de ritmo começou exatamente duas semanas depois do início da fase vermelha, exatamente como os técnicos projetaram em entrevistas.
Por outro lado, ainda existem discussões sobre como apresentar tais resultados sem fazer com que a população fique em um clima de que o pior já passou e, assim, abuse da falta de cuidados.
Além disso, o dado é tido como positivo porque há também avaliação no governo de que a crise econômica advinda das restrições, agora, deverá ser maior do que em 2020. A inflação está em ascensão e o desemprego é recorde – sem contar que o auxílio emergencial, agora, terá valor e vai durar até o começo do segundo semestre. Desse modo, mesmo os assessores mais próximos do governador têm pressa em encerrar logo a quarentena mais rígida, para dar fôlego à economia.
A decisão de olhar apenas para o número de internações, ignorando novos casos e óbitos, se deu por avaliação de que os óbitos retratam momento anterior do desenvolvimento da doença, com o desfecho de internações que ocorreram semanas atrás. Há também uma análise de que houve desorganização no acompanhamento dos resultados de testes para detecção de novo casos, não servindo como modo mais ideal de acompanhar a evolução da epidemia.
Fonte: R7