Entradas de praias de São Sebastião (SP), no Litoral Norte de São Paulo, foram bloqueadas com tapumes de metal nesta sexta-feira (26). Os bloqueios estão sendo feitos pela administração para evitar aglomeração de turistas por causa da antecipação de feriados na capital paulista.
O acesso às praias está proibido em todo Estado devido à fase emergencial da quarentena, que foi estendida até 11 de abril. Além dos tapumes, faixas alertam para a proibição de estacionamento na orla e sobre a regra da fase mais restritiva do Plano São Paulo.
Até o início da tarde desta sexta, a administração já havia bloqueado acessos às praias de Maresias, Boiçucanga, Cambury, Barra do Una, Baleia, Barra do Sahy e Juquehy. As praias, todas da Costa Sul, são as que mais atraem turistas.
Segundo a prefeitura, o trabalho de bloqueio em mais praias deve se estender ao longo desta sexta-feira.
Restrições
São Sebastião adotou diversas medidas para evitar a circulação de pessoas durante o feriado antecipado em São Paulo.
A cidade instalou barreira sanitária com aplicação de teste para a Covid-19. Segundo a prefeitura, quem testar positivo será orientado a permanecer em isolamento domiciliar e voltar para sua cidade.
A gestão também proibiu a abertura de áreas comuns de lazer, como piscinas e churrasqueiras, em condomínios da cidade como forma de coibir aglomeração. A medida prevê multa em caso de descumprimento que variam de R$ 140 a R$ 14 mil.
Na rede hoteleira, os hóspedes devem apresentar um teste negativo do tipo RT-PCR realizado até 48 horas antes da visita à cidade.
São Sebastião atinge 100% da ocupação de leitos de UTI Covid-19 — Foto: Facebook/Reprodução
São Sebastião foi a primeira cidade do litoral a anunciar colapso na rede de saúde. O anúncio foi feito após o anúncio de fase emergencial, quando a cidade passou cerca de uma semana com a UTI em capacidade máxima.
Além da ocupação, a cidade também chegou a ter níveis críticos de medicamentos para intubação de pacientes na UTI. A situação foi amenizada após o Estado enviar um lote com sedativos.
De acordo com a prefeitura, a cidade tem 20 leitos de UTI e não tem capacidade de habilitar novos leitos de cuidado intensivo porque faltam médicos. Atualmente, há 13 pessoas em leitos de UTI, dos 20 disponíveis. A cidade tem 7 mil casos confirmados e 91 mortes pela doença.