A importância da vida foi retratada na canção “Viva a Vida”, composta em 1983 por Chrysostomo Faria, morador de Várzea Paulista (SP). Em 1988, a música foi gravada pela dupla sertaneja Milionário e José Rico. Anos depois, a letra foi relembrada pelo compositor enquanto se vacinava contra Covid-19. Emocionado, ele se deparou com uma nova inspiração para adaptar um dos versos para a pandemia.
Usando a máscara com o título do hit dos anos 80 que o acompanha há mais de 30 anos, Chrysostomo foi vacinado em 15 de fevereiro.
“O trecho da música fala: ‘Só o amor vale tudo na vida, só o amor é a inspiração. Sem amor a esperança é perdida, por amor escrevi esta canção’, mas poderia ser: ‘sua saúde é tudo na vida, sua vacina é salvação. Sem vacina a esperança é perdida, vacinado é que eu canto essa canção. Viva a vida (risos)”, canta Chrysostomo.
O compositor mora em Várzea Paulista desde os anos 80, mas viajou para várias regiões durante as apresentações do circo-teatro em que era proprietário e diretor geral. Quando as composições começaram a ficar conhecidas, ele decidiu se dedicar somente a música.
Chrysostomo já compôs mais de 400 músicas sertanejas. Além de “Viva a Vida”, ele também escreveu “A Piquitita”, gravada por Duduca e Dalvan, e “Canção de Amor” e “Noite de revez” por Chitãozinho e Xororó.
“Eu dou valor a saúde a a vida. A inspiração é como uma flor que brota de repente. Tem que cuidar direitinho”, explica.
Após anos de carreira, o compositor vive com a esposa no município. Ele tem quatro filhos, duas netas e uma bisneta.
De acordo com Chrysostomo, ninguém da família testou positivo para a doença durante a pandemia. Ele receberá a segunda dose da vacina na apenas em maio.
“Não senti nada, foi tranquilo. Eu tomei porque já tive que viajar muito, sou presidente de uma sociedade dos compositores e antes da pandemia viajava muito. Todo mundo está se cuidando”, ressaltou.
Fonte: G1