A cidade de São Paulo registrou redução no número de carros e congestionamento próximo de zero na cidade nesta segunda-feira (11), dia em que a ampliação do rodízio entrou em vigor.
Segundo a CET, comparado ao índice da última segunda-feira (dia 4), o pico de congestionamento desta segunda-feira foi bem menor, atingindo apenas 1 km, às 8h30.
A ligação Leste-Oeste e o corredor Norte -Sul tiveram bastante movimento na tarde desta segunda-feira (11), mas praticamente não houve congestionamento.
Na semana passada, o pico foi de 11 km, entre 8h e 9h. Em termos de lentidão, os números também ficaram bem abaixo da última segunda-feira. Na semana passada, com interdições feitas pela gestão municipal em grandes vias, foram registrados 21 km de lentidão às 8h da manhã. Nesta segunda, o pico foi de 4 km, também às 8h.
O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Edson Caram, avaliou como positivo o resultado parcial.
“Pelo que deu para se apurar, realmente um trânsito bem melhor, as ruas mais vazias e sem impacto no transporte público coletivo”, afirmou em entrevista ao SP1.
“A cidade andou de forma tranquila, e os índices de lentidão foram muito, mas muito muito abaixo do que aconteceu na semana passada e retrasada, estão se equiparando aos índices de lentidão da primeira semana do decreto”, disse Caram no fim do dia.
Na avaliação de Caram, o reforço da frota de ônibus foi suficiente para atender a demanda. De acordo com a SPTrans, até as 9h, foram utilizados 489 dos 600 ônibus disponíveis nos bolsões localizados em pontos estratégicos a fim de atender todas as regiões da cidade.
“Essa demanda foi menor do que a expectativa que o pessoal da SPTrans tinha. (…) Tivemos um aumento de aproximadamente 10% na demanda do transporte.”
O rodízio ampliado e mais restritivo entrou em vigor a partir da meia-noite desta segunda. O objetivo da prefeitura é limitar a circulação para que a taxa de isolamento social fique acima de 60%. No sábado, a capital paulista registrou taxa de isolamento de 50%.
No primeiro dia de circulação, apenas os veículos com placas de final ímpar têm autorização para rodar na cidade. Diferentemente do rodízio habitual, o novo rodízio ampliado é válido para todo o perímetro do município, não apenas nas áreas do chamado centro expandido, segundo a prefeitura.
Em entrevista ao Bom Dia SP, o secretário estadual de Transportes, Alexandre Baldy de Sant’Anna Braga, disse que a CPTM e o Metrô registraram aumento do número de passageiros entre 12% e 15%, principalmente nas estações de transferência.
“Nós também aumentamos a frota em aproximadamente 20% do número de trens. Durante essa manhã, no horário de pico, nós percebemos um aumento de 12 a 15%, esses dados ainda serão fechados, mas principalmente nas estações de transferências, como a Praça da Sé.”
Movimento de passageiros na Estação da Luz, da CPTM, na manhã desta segunda (11) — Foto: Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo
Balanço parcial:
- Na CPTM, a elevação foi sentida principalmente na Estação Guaianases. Elevação acima de 15%
- EMTU registrou aumento maior que o esperado na região do Capão Redondo – foi necessário reforçar a frota, segundo o secretário
- Metrô: Linha 4 registrou aumento em torno de 14% e Linha 5 – Lilás , aumento de 11%
Cadastro para liberação
O secretário municipal disse que a prefeitura passou o final de semana trabalhando na elaboração de um robô para que as pessoas possam receber avisos sobre a aprovação ou recusa do direito à liberação de circulação do rodízio aos solicitaram o cadastramento.
“Estamos tratando de fazer o envio um a um, caso a caso. Primeiramente nós estamos cadastrando, depois vamos enviar as confirmações. Quem tiver o pedido negado, automaticamente vai receber o pedido negado”, afirmou.
Prazos
Ainda de acordo com o secretário municipal, a meta é conseguir fazer com que a taxa de isolamento social chegue a 60%.
O monitoramento é feito em tempo real e a gestão municipal não descarta estratégias mais rígidas, como o lockdown. Uma possível flexibilização só poderá ser feita, de acordo com Caram, se o índice permanecer no nível desejado após dez dias.
“A linha é: vamos ficar em casa agora, esperar dez dias, e quem sabe, daqui a dez dias a gente pode fazer um relaxamento da economia”, projetou.
(Fonte: G1)