O governo de São Paulo anunciou na tarde desta sexta-feira (19) que a Região de Campinas, onde está o município de Jundiaí, será mantida a fase laranja. O retrocesso ocorreu nas regiões de Marília e do Vale do Ribeira (Registro) da fase laranja para a fase vermelha no plano para a flexibilização da quarentena devido à piora nos indicadores de saúde. Com o rebaixamento, apenas os serviços considerados essenciais poderão funcionar a partir de segunda-feira (22), nas duas regiões.
Com a nova atualização do Plano São Paulo, cinco regiões do estado estão agora na fase mais restrita (vermelha): Barretos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Marília e Registro. As demais regiões permanecem na fase laranja, em que é permitida a abertura de comércio de rua, shoppings e outros serviços não essenciais.
Nova atualização do Plano São Paulo — Foto: Divulgação/Governo de SP
Os cinco critérios que baseiam a classificação das regiões são: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), total de leitos por 100 mil habitantes e novas internações, casos e mortes na semana em comparação à semana anterior.
Várias cidades apresentaram piora nas taxas de ocupação e novas internações, critérios que possuem peso maior na conta.
“Na região de Marília aumentou 51% e na região de Registro 67% o numero de internações. Isso aponta para a possibilidade de um excesso pro sistema de saúde, excessos de casos graves, casos precisando de internação. Por isso, essa regiões, neste momento, estão classificadas como vermelho, então elas retrocederam em relação a situação do período anterior”, afirmou Carlos Carvalho, coordenador do Centro de Contingência do estado.
Alerta para Campinas e Sorocaba
O Plano São Paulo divide e classifica o estado de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS), além de uma subdivisão na Grande São Paulo em outras seis subregiões.
Embora os índices gerais das regiões de Campinas e Sorocaba tenham permitido que a classificação permanecesse na fase laranja, a análise separada dos dois municípios mostrou piora mais acentuada. Isso fez com que o governo estadual sugerisse que os prefeitos das duas cidades adotassem medidas mais restritivas, mesmo estando em fase mais permissiva.
“Pela média da região de saúde, ela está ainda no laranja, mas esses dois municípios, Campinas e Sorocaba, estão em uma situação que está apontando para a possibilidade de um grande número de casos para o sistema. A regional pode estar com uma média ainda adequada de leitos, mas esses municípios estão entrando em zona mais perigosa. Então, o Comitê de Saúde está fazendo uma nota técnica sugerindo que esses prefeitos possam tomar uma atitude de promover um fechamento, assim como fez o prefeito de Valinhos”, disse Carvalho.
Na quinta-feira (18), o secretário de Desenvolvimento Regional Marco Vinholi já havia afirmado que a situação das duas cidades era “preocupante”. “A gente chega a uma ocupação no município de Campinas já de 90% dos leitos de UTI e uma taxa de novas internações de 104% comparando aos 7 dias anteriores. E na cidade de Sorocaba 127% de crescimento nas internações”, disse.
Fases da flexibilização
Os indicadores de saúde definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:
- Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
- Fase 2 – Laranja: Controle
- Fase 3 – Amarela: Flexibilização
- Fase 4 – Verde: Abertura parcial
- Fase 5 – Azul: Normal controlado
De acordo com a fase cada região pode liberar a abertura de diferentes setores da economia fechados pela quarentena. Veja na figura abaixo:
Plano do governo de São Paulo para flexibilização da quarentena no estado — Foto: Governo de SP/Divulgação