Uma estudante de 20 anos denunciou um motorista de aplicativo por estupro durante uma corrida em São Paulo. A ação teria acontecido na última quarta-feira (19), por volta das 4h.
A estudante conta que estava em um bar em Pinheiros, na Zona Oeste, quando pediu um carro de aplicativo para voltar para casa. Ela diz que estava alcoolizada e se lembra pouco do que aconteceu.
“O único flash que eu lembro é a gente passando na Consolação com o carro em movimento e depois o outro flash que eu tenho é o moço saindo do carro e indo no banco de trás comigo e ele estava com as calças abaixadas. Esse é o único flash que eu lembro”, disse a jovem.
Segundo a vítima, ela percebeu que algo de estranho havia acontecido quando acordou em casa por volta das 14h e viu o preço e o tempo da corrida no aplicativo. O trajeto, que leva no máximo meia hora, durou 336 minutos, ou seja, mais de 5 horas e custou R$ 109. Ela também conta que sentia dores na região genital.
“Eu nunca tive nenhum medo. Eu sempre achei que fosse muito seguro, ainda mais pelo moço ter 5 estrelas no aplicativo. Eu achei um absurdo isso, eu sempre fazia tudo sozinha, andava sozinha, nunca pensei, imaginei que isso fosse acontecer”, relata a estudante.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher. De acordo com o sistema de monitoramento da polícia, o carro de aplicativo passou pela Rua da Consolação na madrugada de quarta (26), exatamente no horário da corrida. As câmeras detectaram também que entre as 4h e as 8h25 o carro passou pela Avenida Paulista e pela Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros.
Os resultados dos exames toxicológico e sexológico saem em 30 dias. Durante 28 dias, a jovem terá que tomar um coquetel de remédios pra evitar doenças sexualmente transmissíveis. A estudante também denunciou o motorista ao aplicativo e ele foi descredenciado.
“Eu espero que aconteça alguma coisa com ele para ele nunca mais fazer isso com ninguém e não ter nenhum carro de aplicativo, nada pra ele”, disse a menina.
A 99, aplicativo para o qual o motorista trabalhava, informou que recebeu a denúncia e que baniu o motorista. A empresa também disse que está oferecendo suporte psicológico à passageira e que está à disposição para colaborar com a polícia.
Fonte: G1