Por Dircélio Timóteo
As duas unidades da Klabin em Jundiaí amanheceram com atividades paralisadas nesta segunda-feira (20). Trabalhadores da fábrica de papelão interromperam as operações em protesto por melhorias salariais e condições mais justas de negociação.
O movimento é coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose (Sintipel), que promove manifestações simultâneas nos portões das unidades localizadas no Distrito Industrial e na Rodovia dos Bandeirantes.
De acordo com o sindicato, a paralisação ocorre após a primeira rodada de negociações da campanha salarial de 2025, realizada no último dia 16, em São Paulo. Na ocasião, representantes patronais dos setores de papel, celulose e papelão ondulado propuseram um reajuste de 5%, valor considerado insuficiente pela categoria.
“O índice sequer cobre a inflação acumulada dos últimos 12 meses, que foi de 5,10%, e ainda seria pago em duas parcelas — uma delas apenas em janeiro do próximo ano. É uma proposta desrespeitosa e que ignora o papel essencial de cada trabalhador para o sucesso das empresas”, afirmou o Sintipel em nota oficial.
O presidente do sindicato, Emerson Cavalheiro, acompanhado dos diretores Francisco Pinto Filho (Chico) e Anderson Domingos Gomes, reforçou que a categoria deve intensificar a mobilização até que as reivindicações sejam atendidas.
“A resposta que precisamos dar é de unidade e força. Só com mobilização conseguiremos o reconhecimento que os trabalhadores merecem”, declarou Cavalheiro.
A Klabin ainda não se pronunciou oficialmente sobre o movimento. Enquanto isso, a expectativa é que novas negociações ocorram nos próximos dias, buscando uma saída que atenda às demandas dos funcionários e garanta a retomada das atividades.