A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória à mulher de 44 anos que foi presa em flagrante após o bebê que ela havia acabado de dar à luz ser encontrado morto em sua residência, na última quinta-feira (12). O caso, registrado no 1º Distrito Policial de Jundiaí, está sendo investigado como infanticídio pela Polícia Civil.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher realizou o parto sozinha, em casa, sem qualquer acompanhamento médico. O laudo preliminar apontou que a criança nasceu com vida, mas de forma extremamente prematura — entre 20 e 25 semanas de gestação. Havia ainda indícios de fraturas em alguns ossos do recém-nascido e o cordão umbilical foi encontrado cortado.
A mulher não teria informado ninguém sobre a gravidez, nem mesmo o companheiro, e não fez pré-natal. Após o parto, ela foi socorrida e internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário, onde permanece sob cuidados médicos.
Mesmo sem a presença da indiciada, a audiência de custódia foi realizada na sexta-feira (13), e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu conceder a liberdade provisória. A mulher deverá cumprir medidas cautelares, como manter o endereço atualizado e comparecer a todos os atos do processo.
O delegado responsável pelo caso havia decretado a prisão em flagrante, mas a Justiça entendeu que a suspeita pode responder em liberdade enquanto a investigação segue em andamento.
O corpo do bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), e a polícia aguarda exames complementares para esclarecer a causa da morte.