Para reforçar o combate ao Aedes aegypti, a Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), iniciou a instalação de estações disseminadoras de larvicida (EDLs), que funcionam como armadilhas, nos bairros Santa Gertrudes e Jardim Marambaia.
As EDLs consistem em baldes com água e feltros impregnados com larvicida, os quais são posicionados em quintais de residências e em comércios. A fêmea do mosquito, atraída pela água da armadilha, pousa no feltro e leva o veneno nas patinhas para outros criadouros próximos. Alguns, inclusive, difíceis de serem eliminados. O produto impede o desenvolvimento da larva para a fase adulta, quebrando assim, o ciclo de vida do Aedes.
O veterinário da VISAM, Felipe Vita Pedrosa, ressalta que a estratégia complementa as ações adotadas pelo Município para a contenção e o combate à dengue, que incluem vistorias em residências e orientação à população, atividades educativas, nebulização, mutirão para coleta de lixo e de inservíveis, além de campanhas na mídia.
Em Jundiaí, foram disponibilizadas cerca de 600 estações disseminadoras de larvicida pelo Ministério da Saúde. “Já utilizamos ferramenta semelhante em pontos estratégicos, como ferros-velhos e recicláveis. A partir de uma parceria com o Ministério da Saúde, recebemos novas EDLs para ampliação da ação em imóveis residenciais e outros comércios de localidades com incidência de casos da doença. A estratégia é segura e não oferece riscos para pessoas ou animais”, explica.
Como funciona
Após a escolha do imóvel, a solicitação para instalação é efetuada pelos agentes de Endemias e Zoonoses, portando crachá e uniforme da VISAM, acompanhados por veículos oficiais da Prefeitura. O responsável recebe um documento com orientações e fica incumbido de auxiliar na manutenção, conferindo o nível da água no balde. Mensalmente, os agentes realizam a manutenção da ferramenta, com reposição do larvicida, e avaliação dos dados.
Outros bairros contemplados com a nova medida são o Ivoturucaia, o Novo Horizonte e o Jardim Tamoio.
“As expectativas em relação a essa estratégia complementar são positivas. Contudo, seguimos orientando a população sobre a importância da eliminação dos objetos que podem acumular água, servindo de criadouro para o Aedes aegypti, e sobre a necessidade do descarte correto de lixo e de inservíveis. Somente se atuarmos juntos, Poder Público e população, teremos redução dos casos de dengue em nossa cidade”, acrescentou Pedroso.
Cenário
Último Boletim de Arboviroses aponta que Jundiaí acumula 6.062 casos de dengue, com duas mortes.