Por Dircélio Timóteo
O gatinho Pirulito, vítima de um violento caso de maus-tratos, não resistiu às graves lesões e faleceu na última quarta-feira (15), após dois dias de internação em uma clínica veterinária em Cascavel, Paraná. O animal sofreu ferimentos graves, incluindo ruptura intestinal, que resultaram em um quadro de choque séptico, conforme apontado no laudo médico.
O responsável pelo crime, um idoso de 65 anos, foi flagrado por câmeras de segurança puxando o rabo do gato e, em seguida, o arremessando violentamente ao chão. Segundo relatos, o homem ainda teria lançado o felino na rua, possivelmente com a intenção de causar um atropelamento.
A Polícia Militar foi acionada após o flagrante e prendeu o agressor em flagrante. No entanto, ele já foi solto após audiência de custódia, mesmo sem pagamento de fiança. O juiz responsável pelo caso determinou a liberdade provisória mediante restrições, como a proibição de sair da cidade sem aviso prévio à Justiça, a obrigação de comparecer a todas as fases do inquérito e o impedimento de manter contato com os tutores do animal.
O delegado responsável pela investigação, Marcos Fontes, declarou que as imagens das câmeras e o testemunho de moradores não deixaram dúvidas sobre o crime de maus-tratos, enquadrado no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê penas de dois a cinco anos de prisão em casos de violência contra cães e gatos.
“O inquérito já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia formal. Em caso de condenação, a pena pode ser agravada em razão da morte do animal”, explicou Fontes.
Durante o depoimento, o idoso negou as acusações, porém o delegado afirmou que os fatos registrados contradizem sua versão. Até o momento, a defesa do acusado não se pronunciou. O caso gerou grande comoção entre protetores de animais e a comunidade local, reacendendo o debate sobre a necessidade de punições mais severas para crimes de maus-tratos.