Caso não consiga ter acesso rapidamente a novo financiamento, a icônica marca fez saber que corre o risco de falir. Fabricante norte-americana admitiu que existem “dúvidas substanciais sobre a sua capacidade de continuar a operar”.
É uma icónica marca presente nas cozinhas portuguesas e corre o risco de falir. O aviso veio da própria Tupperware. Com quase 80 anos de história, a fabricante norte-americana de recipientes para armazenar alimentos alertou para o risco de falência caso não tenha rapidamente acesso a novas linhas de crédito.
Na segunda-feira, as ações da Tupperware afundaram quase 50%, tendo hoje recuperado ligeiramente (5,6%).
A empresa com 77 anos admitiu, em comunicado, que existem “dúvidas substanciais sobre a sua capacidade de continuar a operar”, uma vez que “prevê não ter liquidez adequada” num curto prazo.
Fundada em 1946, a fabricante norte-americana tem tentado reposicionar-se no mercado para chegar a um público mais jovem – além de vender no site, a empresa colocou recentemente os seus produtos à venda na cadeia de lojas Target -, mas não tem conseguido impedir uma queda nas vendas, de acordo com a BBC.
Teve de renegociar os seus empréstimos três vezes desde agosto do ano passado, depois de ter alterado as condições dos seus contratos de empréstimos, indica a empresa na nota divulgada.
De acordo com a emissora britânica, a empresa, fundada pelo químico norte-americano Earl Tupper, está a trabalhar com consultores financeiros para garantir mais financiamento e está a analisar a possibilidade de vender propriedades e de cortar empregos.
A marca ganhou notoriedade nas décadas 1950 e 1960 com as conhecidas “festas Tupperware” que vendedores e representantes da empresa realizavam nas suas casas para vender os famosos recipientes de armazenamento de alimentos, ganhando comissões pelos produtos que vendiam. Uma marca que, ainda hoje, marca presença em várias cozinhas de todo o mundo. Portugal não é exceção.
A Tupperware também fez saber que os resultados financeiros de 2021 e 2022 foram “incorretos” devido à forma como a empresa contabilizava impostos e rendas. Mais. A fabricante norte-americana disse mesmo que corre o risco de deixar de ser uma empresa cotada na Bolsa de Valores de Nova Iorque, uma vez que falhou a apresentação do relatório anual do exercício, que terminou a 31 de dezembro.
Fonte: Diário de Notícias