O ex-pugilista Éder Jofre morreu, aos 86 anos, na madrugada deste domingo (2) em São Paulo. A informação foi confirmada à CNN por familiares da lenda do boxe nacional.
Conhecido pelo apelido “Galo de Ouro”, Jofre estava internado desde 4 de março por causa de um quadro de pneumonia. A causa da morte não foi revelada.
Ele também sofria de encefalopatia traumática crônica, degeneração progressiva de células cerebrais causada por lesões na cabeça.
Considerado o maior boxeador peso galo brasileiro da história, Jofre começou a carreira nos ringues em 1953, como amador no torneio “Forja de Campeões”. Sua estreia no pugilismo profissional foi em 1957, onde, três anos mais tarde, conquistou o primeiro título de campeão mundial do peso galo.
Ao todo, foi tricampeão mundial dos pesos galo e pena entre os anos 1960 e 1965, ano em que perdeu o cinturão para o japonês Masahiko Harada.
Em 1992, integrou o “Hall da Fama” do boxe, localizado em Canastota, nos Estados Unidos, considerado o mais importante da categoria esportiva. Em 2021, entrou para o Hall da Fama da Costa Oeste (WCBHOF), em Los Angeles.
Jofre é o único brasileiro em ambos os espaços honorários.
Se aposentou dos ringues em 1976. Em 1982, envergou para a política nacional ao ser eleito vereador de São Paulo pelo PDS, e, em 1989, se filiou ao PSDB. Jofre seguiu carreira na vereança até 2000 e foi autor de 25 leis.
O maior boxeador nacional teve uma minissérie feita em sua homenagem, batizada de “10 Segundos Para Vencer” (2018). A produção, desdobramento de um filme homônimo, conta a história de Jofre pela interpretação de Daniel de Oliveira.
Fonte: CNN Brasil