Com a chegada do inverno e, consequentemente, do ar seco por conta da falta de chuvas, alguns cuidados precisam ser tomar em relação à nossa saúde, principalmente para aqueles que realizam atividades físicas ao ar livre. Os problemas decorrentes do tempo seco vão desde alergias diversas e respiratórias, como consequência do ressecamento das mucosas (pode ocorrer sangramentos pelo nariz), ressecamento da pele e irritação da conjuntiva dos olhos.
“Com a temperatura mais baixa, nosso corpo passa por um processo de adaptação para manter a temperatura interna. Por convecção (processo físico de transferência de calor), alguns mecanismos fisiológicos e regulatórios tentam minimizar esse processo de perda de calor pelo organismo. A pessoa que se exercita deve tomar cuidado com as roupas que veste durante o exercício, tendo a necessidade de se agasalhar para manter uma temperatura adequada, ou em outra direção, retirar uma quantidade de agasalhos para manter o equilíbrio”, alerta o educador físico do TIME-Jundiaí, Bruno Mazzuco.
O profissional também reforça a necessidade de hidratação, mesmo que o frio tire um pouco a sensação de sede. “A hidratação se torna um componente chave nesse processo de treino em temperaturas baixas. Por diminuir a perda de água em comparação aos dias quentes, nosso corpo tende a sinalizar menos a sensação de sede. Tome bastante água mesmo não sentindo a necessidade pela sede. Outro ponto a ser considerado é o ressecamento das vias aéreas por conta da baixa umidade do ar. Enfim, mantenha seu corpo hidratado”, recomenda.
Já o coordenador da Defesa Civil de Jundiaí, coronel João Osório Gimenez Germano, aponta que as diferenças de temperatura também podem ser prejudiciais à saúde quando menosprezadas. “Nesta época do ano a amplitude térmica chega a 15, 20 graus no mesmo dia, com noite bem frias e tardes quentes. Combinada com a baixa qualidade do ar, pode ser prejudicial à saúde, e o ideal é evitar ficar muito tempo fora de casa”, recomenda
Segundo ele, a baixa qualidade do ar se não apenas pela baixa umidade relativa. “Combinada a isso, temos também um período com a presença de muita poeira e partículas em suspensão. Recomendamos técnicas para umidificar o ambiente como colocar baldes d’água e toalhas molhadas espalhados pelos cômodos, principalmente quando se tem idosos e crianças em casa”, aponta.
De acordo com dados da Defesa Civil, a umidade relativa do ar ideal é aquela próxima de 70%. Nesta semana, no entanto, o ar de Jundiaí está com a umidade na casa dos 34%. Abaixo dos 30% já é considerado um número perigoso e é acionado e estado de atenção. Esta época do ano também é mais propícia para as queimadas e por isso a Defesa Civil de Jundiaí tem realizado a Operação Estiagem 2022.