Família faz campanha para tratamento de menino com paralisia cerebral

O sonho da jovem Larissa Fraga, de 24 anos, é ver o filho Eduardo Calixto Pereira, de 5 anos, dar os primeiros passos sozinho. Com seis meses de idade, o garoto foi diagnosticado com paralisia cerebral espástica, que faz com que ele não tenha controle dos movimentos do tronco e das pernas.

Eduardo fazia sessões de fisioterapia, mas precisou parar devido à pandemia. Agora, a família busca alternativas para que o garoto consiga se desenvolver e andar por conta própria.

“A terapia ideal que estamos atrás se chama Therasuit. Ela é quase como um milagre. É um tratamento intensivo, com sessões diárias de três horas cada. Mas é muito cara. Por isso, estamos fazendo uma campanha para conseguir ajuda para pagar”, conta Larissa.O método utiliza uma órtese dinâmica, constituída por uma espécie de colete e cordas elásticas, que são ajustadas de acordo com as necessidades do paciente. No caso de Eduardo, o tratamento totaliza quase R$ 40 mil por ano.

Larissa contou que conseguiu pagar algumas sessões de fisioterapia na rede particular. No entanto, elas não são suficientes para que o filho consiga se desenvolver corretamente.

“Eu faço bicos para conseguir pagar as sessões e também para manter a família. É muito difícil e eu realmente queria proporcionar esse tratamento para o meu filho para que ele possa conseguir andar sozinho. Mesmo que eu não consiga, vou tentar de outra forma, mas não vou desistir”, afirma.
Larissa Fraga, de 24 anos, com o filho Eduardo Calixto Pereira, de 5 anos — Foto: Arquivo pessoal
Larissa Fraga, de 24 anos, com o filho Eduardo Calixto Pereira, de 5 anos — Foto: Arquivo pessoal

Luta desde o nascimento

Eduardo nasceu prematuro, quando Larissa estava na 31ª semana de gestação. Imediatamente, o pequeno foi levado para a UTI, onde ficou internado por quase três meses.

No hospital, Eduardo teve quatro tipos de infecção: nos rins, no fígado, no sangue e no intestino. Além disso, teve uma parada cardíaca. “Ele melhorava, depois piorava outra vez. Ia e voltava da UTI nos três primeiros meses de vida”, conta a mãe.

Quando o garoto tinha seis meses, Larissa percebeu que o filho não conseguia sustentar o pescoço e nem se sentar corretamente. “Levamos ao médico e veio o diagnóstico de paralisia. Então, passou a ser uma luta, uma batalha diária”, diz.

Apesar de tudo, Eduardo continua firme nos tratamentos e com muita vontade de dar seus primeiros passos sozinho.

“Ele é muito inteligente. Fala, entende tudo o que dizemos para ele, consegue subir e descer da cama. É realmente um garoto brilhante”, conta a mãe.

Fonte: G1