Moradores da comunidade Santa Clara, em Jundiaí (SP), transformaram a preocupação com queimadas na Serra do Japi em ação organizada. O grupo Japi Monitora surgiu em 2019, a partir de conversas em grupo da Associação de Moradores, para verificar sinais de incêndio na região.
“Começamos perguntando se alguém via fumaça ou fogo. Com o tempo, evoluímos e passamos a usar drones para localizar os focos com mais precisão”, explica Guto Carvalho, um dos idealizadores. Com apoio do Consórcio PCJ, Fundação Serra do Japi e empresa SIQ, os moradores receberam cinco drones para o monitoramento. Quem opera é chamado de “guardião do drone”, valorizando o voluntariado.
O grupo também criou um sistema de mapeamento baseado em triangulação com os drones. Ao identificar um foco, eles informam no grupo de mensagens, e a ocorrência é encaminhada ao Corpo de Bombeiros, Guarda Florestal ou prefeitura.
Hoje, moradores de bairros vizinhos também participam, ampliando a vigilância. “Esse trabalho é essencial para proteger um dos nossos maiores patrimônios naturais”, afirma Flávio Gramolelli, da Fundação Serra do Japi. O Japi Monitora mostra como união comunitária e tecnologia podem proteger o meio ambiente.