O Hospital Universitário de Jundiaí (HU) está enfrentando uma forte alta na demanda por atendimentos relacionados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesta segunda-feira, 3 de junho de 2025, a UTI Pediátrica atingiu 233% de ocupação, com todos os leitos destinados a casos de média e alta complexidade causados por doenças respiratórias. A maioria dessas crianças necessita de suporte ventilatório, como respiradores.
Outro setor que é destaque: a enfermaria pediátrica, que registrou 92% de ocupação no mesmo dia. Esses números são atualizados diariamente, podendo variar conforme a evolução dos casos.
A pediatra e coordenadora do Pronto-Socorro Infantil do HU, Dra. Stela Tavolieri, alerta sobre a importância da prevenção e do bom senso da população:
“O HU está superlotado. Muitos bebês, inclusive recém-nascidos, são expostos em locais como igrejas, shoppings, restaurantes ou ao receber visitas. Nessas situações, acabam se contaminando com vírus presentes no ambiente. É essencial mudar esse comportamento e proteger os bebês desses riscos.”
Diante do aumento esperado para esta época do ano, o hospital adotou medidas estruturais para garantir o atendimento humanizado. Foram adquiridos novos respiradores e alguns espaços foram readequados.
“A situação está sob controle graças ao plano de contingência que montamos com base no mesmo surto de 2024. Este ano, porém, temos um agravante: muitos dos pacientes são bebês recém-nascidos com menos de 3 meses, algo que não víamos com tanta frequência nas últimas décadas”, explica Dra. Stela.
Segundo ela, os recém-nascidos têm o sistema imunológico ainda imaturo, prolongando o tempo de internação:
“Esses bebês não têm defesa. Eles complicam mais facilmente e demoram mais tempo para responder ao tratamento. Por isso, permanecem internados por mais dias e isso aumenta a taxa de ocupação.”
As principais doenças respiratórias atendidas atualmente no HU são: influenza, bronquiolite, pneumonia e COVID-19.
O diretor técnico do HU, Rodrigo Camargo, reforça que o hospital está operando com planejamento e segurança:
“Não queremos causar pânico, queremos cuidar. A situação está controlada. A gente se preparou para isso, com base na experiência do ano passado, mas precisamos da colaboração da população. Compramos novos equipamentos, temos apoio da rede e estamos preparados.”
Texto via Assessoria de Imprensa do HU