Por Dircélio Timóteo
Aos 44 anos, Eduardo Silveira carrega no olhar o peso de uma injustiça que insiste em definir seu futuro. Morador de Várzea Paulista, ele é casado, pai de cinco filhos, e enfrenta diariamente a dificuldade de conseguir um emprego formal.
O motivo? Uma passagem na polícia que, embora não tenha resultado em condenação, se tornou um obstáculo quase intransponível para sua reinserção no mercado de trabalho.
Eduardo relata que ficou três meses preso, após emprestar seu carro ao irmão — veículo que acabou sendo envolvido em uma ação criminosa. Foi solto por falta de provas, mas, desde então, a vida profissional desmoronou. “Eu não fiz nada. Mesmo assim, parece que estou pagando uma pena perpétua. Me sinto humilhado, preso fora da cadeia, sem direito à defesa”, lamenta.
Depois do episódio, ele passou a atuar como motoboy para pagar aluguel e sustentar a família. No entanto, um acidente de moto o forçou a repensar sua profissão. Tentou, então, buscar novas oportunidades: atualizou o currículo, procurou vagas em empresas da região e chegou a se cadastrar para trabalhar como motorista de aplicativo.
Mas ao realizar o cadastro, teve a conta bloqueada — mais uma vez, por conta da passagem policial registrada em seu CPF.
“Não tive nem chance de explicar. Simplesmente me bloquearam.”
Apesar das negativas, Eduardo não perdeu a esperança.
“Sempre fui dedicado. Tenho referências, nunca faltei no trabalho, nunca dei motivo pra desconfiança. Só quero uma oportunidade justa”, diz ele, que está aberto a novas propostas e faz questão de fornecer provas de sua conduta profissional.
Interessados em entrar em contato com Eduardo podem ligar ou enviar mensagem para o número (11) 91769-6941.