A circulação dos trens na Linha 7-Rubi da CPTM, que conecta a capital paulista ao município de Jundiaí, foi interrompida na tarde desta segunda-feira (12) devido a uma manifestação de moradores da Favela do Moinho, localizada no Centro de São Paulo.
O protesto teve início após a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) realizar a demolição de imóveis desocupados na comunidade, situada ao lado das linhas 7-Rubi e 8-Diamante. Durante o ato, manifestantes colocaram fogo em objetos sobre os trilhos da ferrovia, interrompendo a operação entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Luz.
Com a paralisação, passageiros da Linha 7-Rubi — muitos dos quais utilizam o serviço diariamente para ir e voltar de Jundiaí — enfrentaram dificuldades. A CPTM informou que, durante a interrupção, os trens circularam apenas no trecho entre Jundiaí e Barra Funda. A empresa sugeriu o uso das linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô como alternativas.
Além da Linha 7, outras três linhas da CPTM foram afetadas: 8-Diamante, 10-Turquesa e 13-Jade. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas, enquanto a Polícia Militar acompanhou o ato.
A área onde está localizada a Favela do Moinho pertence ao governo federal. A gestão estadual do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negocia a cessão do terreno para transformá-lo em parque, o que tem motivado ações de remoção e protestos por parte dos moradores. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, seis casas em condições precárias e desocupadas foram demolidas como medida de segurança.
A Favela do Moinho abriga atualmente cerca de 820 famílias. O processo de remoção teve início em 22 de abril, e, até agora, ao menos 11 famílias deixaram o local.