Rede de Trauma do HSV: Transformando resultados e salvando vidas

Acidentes de trânsito, perfurações, violência física, quedas, afogamentos e queimaduras são algumas das situações classificadas como trauma nos hospitais. Esses casos, considerados graves, demandam a atuação de uma equipe multidisciplinar especializada para garantir um atendimento ágil e eficaz. O processo envolve um controle estratégico em todas as etapas, com coordenação sistemática e colaboração interdisciplinar, assegurando cuidados abrangentes e de qualidade.

Implantado em agosto de 2024, o Centro do Trauma do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), integrado à Rede de Saúde de Jundiaí, foi o primeiro do Brasil a receber o selo Diamante da Rede de Gerenciamento de Pacientes Politraumatizados. Esse reconhecimento consolidou o hospital como referência nacional no atendimento altamente especializado a pacientes com múltiplas lesões. A unidade oferece uma abordagem multiprofissional, com avaliações rápidas e intervenções terapêuticas imediatas, contando com o suporte de diversas áreas, como cirurgia geral, ortopedia, neurocirurgia, enfermagem, banco de sangue, tomografia, laboratório e centro cirúrgico.

Protocolo de Atendimento ao Trauma

O protocolo abrange toda a rede de atendimento do município de Jundiaí, incluindo Unidades Básicas de Saúde (UBS), Prontos Atendimentos (PAs) e o próprio Centro do Trauma do Hospital São Vicente. A padronização desse sistema assegura que cada paciente seja encaminhado ao local certo, com os recursos necessários para seu tratamento.

A Central de Regulação do SAMU desempenha um papel essencial nesse processo, coordenando o fluxo entre os serviços de saúde, especialmente no atendimento pré-hospitalar, que envolve equipes das concessões rodoviárias (CCR-AutoBAn, Colinas e Rota das Bandeiras) e o Corpo de Bombeiros.

Resultados expressivos

Entre agosto e dezembro de 2024, a Emergência do Hospital São Vicente atendeu 1.100 pacientes vítimas de trauma. Desses, aproximadamente 38% foram casos graves (Trauma Maior), com mais de 80% dos pacientes necessitando de cirurgia de urgência ou emergência. Esses atendimentos demandaram recursos intensivos, com média de 18 dias de internação hospitalar.

Atualmente, mais de 40 pacientes seguem em acompanhamento ambulatorial por até seis meses após a alta, em conjunto com a equipe de gestão do trauma. Os dados também apontam um alerta: mais de 40% dos traumas graves estão relacionados a acidentes com motocicletas, sendo que 90% das vítimas são do sexo masculino.

Foto/simulado