Os combustíveis terão aumento de preço a partir deste sábado (1º) nos postos de todo o país. O reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), com cobrança unificada em todos os estados e no Distrito Federal, entra em vigor nesta data e pode pressionar a inflação, que já preocupa o governo federal, especialmente no impacto sobre os preços dos alimentos.
Com a mudança, a alíquota do ICMS sobre gasolina e etanol sobe R$ 0,0979, passando dos atuais R$ 1,3721 para R$ 1,47 por litro — um acréscimo de 7,14%. Para o diesel e o biodiesel, o imposto estadual subirá de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro, um aumento de 5,31%.
De acordo com estimativas da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o reajuste deve elevar o preço da gasolina e do etanol anidro em R$ 0,10 por litro na bomba, enquanto o óleo diesel pode ficar R$ 0,06 mais caro por litro.
Aprovação e impacto na inflação
O aumento do ICMS foi aprovado pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) em 30 de novembro de 2024 e define um reajuste unificado da alíquota do imposto estadual em todas as unidades da federação.
Por outro lado, o gás de cozinha terá um pequeno alívio: a alíquota do imposto estadual será reduzida em 1,69%, passando de R$ 1,4139 para R$ 1,39 por kg a partir de fevereiro.
A alta dos combustíveis pode impactar a inflação, que fechou 2024 em 4,83%, acima da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%. A gasolina foi um dos principais itens que puxaram o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com aumento de 9,71% nos últimos 12 meses, contribuindo diretamente com 0,48 ponto percentual na inflação do período.
Fatores que influenciam o preço dos combustíveis
Além da elevação do ICMS, outros fatores impactam os preços dos combustíveis no Brasil. A última vez que a Petrobras reajustou o valor da gasolina nas refinarias foi em 9 de julho de 2024, enquanto o diesel teve sua última alteração em 27 de dezembro, quando houve uma redução.
Entre os principais fatores que influenciam o custo dos combustíveis estão a variação do dólar — que encarece a importação e os insumos — e os custos logísticos, que variam de acordo com a infraestrutura e as distâncias percorridas até os postos de abastecimento.
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