Um caso trágico abalou a cidade de Nova Fátima, no Norte do Paraná, onde uma criança de 9 anos invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais. A cidade, que conta com menos de 10 mil habitantes, ficou chocada com o ocorrido no último domingo (13). A invasão foi capturada por câmeras de segurança, que mostram o menino entrando no local acompanhado de um cachorro, onde permaneceu por cerca de 40 minutos.
O proprietário do hospital, Lúcio Barreto, acionou a Polícia Militar após encontrar 15 coelhos mortos e outros animais soltos. De acordo com as imagens, o menino arremessou os bichos contra as paredes e chegou a arrancar as patas de alguns, além de esquartejá-los. Segundo as autoridades, a criança, que mora com a avó, foi identificada e, até o momento, não apresenta histórico de violência ou transtornos mentais.
O hospital veterinário havia realizado sua festa de inauguração no dia anterior ao incidente. “Quando a gente viu, imaginou que ele estava aqui para brincar com os bichinhos, porque ele tinha vindo na festa no dia anterior”, relatou o veterinário Lúcio Barreto em entrevista à RICtv Londrina.
Barreto ainda expressou sua frustração e tristeza ao encontrar os animais mortos: “É uma situação horrível, a gente, que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e, de repente, no dia de uma festa seguinte de Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena daquelas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza”, complementou ao jornal.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou que, apesar da gravidade do ocorrido, não há implicações criminais no caso, uma vez que a criança tem apenas 9 anos. Conforme a legislação brasileira, menores de 18 anos são inimputáveis, ou seja, não podem ser responsabilizados criminalmente. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), apenas a partir dos 12 anos é possível aplicar medidas socioeducativas em casos de atos infracionais.
O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar, que recebeu o boletim de ocorrência e demais informações. As autoridades explicaram que, devido à idade do menino, medidas como orientação e acompanhamento psicológico poderão ser aplicadas.
Via GJ