Incêndio na Serra do Mursa devastou área equivalente a 302 campos de futebol

O incêndio de grandes proporções que atingiu à Serra do Mursa destruiu aproximadamente 2,27 milhões de metros quadrados de vegetação. A extensão da área queimada é equivalente a 26% da área total que pertence à Várzea Paulista (SP). A Polícia Ambiental investiga uma possível ação criminosa.

De acordo com o relatório da Defesa Civil de Várzea Paulista, a área atingida equivale a 302,60 campos de futebol. O incêndio, que começou em 12 de setembro e só foi totalmente extinto no domingo (15), foi cinco vezes maior do que o último ocorrido em 2020, quando as chamas destruíram 440.000 m², ou 18% da área total da serra.

Conforme o relatório, as condições climáticas do período dificultaram o combate ao incêndio. Em comparação a 2020, o volume de chuvas entre março e setembro deste ano foi significativamente menor, com apenas 204,68 milímetros registrados. Já em 2020, foram 364,92 mm no mesmo período.

Além disso, outra situação que contribuiu para a queimada foi a temperatura média. Em 2024, foi de 31,57°C, 8°C a mais do que a média de 23,57°C, registrada em 2020.

Para a Defesa Civil, a combinação de temperaturas mais altas e menor índice de chuvas criou um ambiente ideal para a propagação rápida das chamas.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Várzea Paulista, Cristiano Vargas, as investigações iniciais apontam que o incêndio na Serra do Mursa pode ter sido causado por uma ação criminosa. Na terça-feira (17), a Defesa Civil identificou dois pontos de ignição onde o fogo pode ter começado. Os dados levantados pelo coordenador foram entregues à Polícia Ambiental.

Ações de combate e recuperação

Equipes de bombeiros, Defesa Civil e voluntários atuaram para combater e controlar o avanço do fogo. Segundo a Defesa Civil, a Prefeitura de Várzea Paulista vai destinar cerca de duas mil mudas para o reflorestamento da área atingida, e fazer o monitoramento contínuo da região para evitar novos focos de incêndio.

A prefeitura também orienta sobre a conscientização da população para os riscos das queimadas e a necessidade de colaborar com ações de preservação ambiental, especialmente em períodos de estiagem prolongada e altas temperaturas.

Fonte: G1