A Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil (Poliomielite) termina no próximo sábado (30). Em Jundiaí, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Novas UBSs e Clínicas da Família estão verificando as carteirinhas dos menores de cinco anos, além de aplicar, na população de um a quatro anos, a dose adicional da vacina Pólio oral, a gotinha.
A vacina previne a doença, a qual é altamente contagiosa e pode provocar paralisia irreversível e levar ao óbito. Neste ano, casos já foram registrados em países como o Afeganistão e o Paquistão. “O Brasil está próximo de assistir à volta da doença, que fez muitas vítimas no passado. Infelizmente, a procura pelas gotinhas está aquém do esperado na cidade”, lamenta o gestor de Promoção da Saúde, Tiago Texera.
No Município, a cobertura alcança apenas 32%, quando a meta é 95%. Desde o início da mobilização, em 27 de maio, 6.563 doses foram aplicadas. A população estimada para receber a gotinha é de 20.575 crianças. Jundiaí também adotou como estratégia a aplicação em escolas municipais (EMEBs) de Educação Infantil, mediante documentação assinada pelos pais e/ou responsáveis para as crianças poderem receber a gotinha.
“A doença é prevenível e estamos empenhados pela vida das nossas crianças, mas precisamos do esforço da população. Ainda dá tempo de ampliarmos a cobertura. Convocamos os pais e/ou responsáveis que não levaram os menores de cinco anos, que os levem aos serviços de saúde”, acrescenta o gestor.
Histórico
Em 1989, ocorreu o último caso de poliomielite no Brasil. Em 1994, o País recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. Em 2023, o País foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas, devido à queda sucessiva na cobertura vacinal a partir de 2015.