O ex-jogador Robinho viveu com a família em uma mansão em Guarujá, no litoral de São Paulo, avaliada em aproximadamente R$ 10 milhões nos últimos anos, mesmo já tendo sido condenado pela Justiça italiana a 9 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa, em Milão, em 2013. O ex-jogador deverá deixar a casa luxuosa para ficar em uma penitenciária.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, na noite de quarta-feira (20), que Robinho cumprirá a pena no Brasil, conforme pedido do governo italiano, uma vez que o país não extradita brasileiros. A defesa dele já manifestou que deve apresentar um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a ordem de prisão.
Crime
O crime de violência sexual em grupo aconteceu em 2013, quando Robinho era um dos principais jogadores do Milan, clube de Milão, na Itália. Nove anos após o caso, em 19 de janeiro de 2022, a justiça daquele país o condenou em última instância a cumprir a pena estabelecida.
Robinho foi condenado por ter estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima, inclusive, estava inconsciente devido ao grande consumo de álcool. Os condenados alegam que a relação foi consensual.
Robinho vive no Brasil, e a legislação nacional impede a extradição de brasileiros natos para cumprimento de penas no exterior. Em novembro, o Ministério Público Federal (MPF) defendeu, em manifestação ao STJ, que ele cumprisse a pena em solo brasileiro.
Em fevereiro o governo do país europeu apresentou um pedido de homologação de sentença estrangeira, que condenou o ex-jogador em novembro de 2017. O pedido foi encaminhado ao Ministério da Justiça e ao Superior Tribunal de Justiça.
No conteúdo do processo, a defesa de Robinho alegou que a homologação da sentença viola a Constituição, já que a Carta Magna proíbe a extradição de brasileiro nato e, diante disso, ele não deveria cumprir uma pena estabelecida por outro estado.
Fonte: G1