O número de pessoas mortas por policiais militares na Baixada Santista chegou a 54 entre 1º de janeiro e 20 de fevereiro de 2024. É o quádruplo de 2023 (quando houve 13 mortes) e o maior número para o período desde 2017, início da série histórica, feita pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Com isso, a Baixada, que tem 4% da população do Estado de São Paulo, concentra 45% das mortes pela PM em 2024 – nos anos anteriores, em média, respondia por 13%.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que “as forças de segurança do Estado são instituições legalistas e atuam no estrito cumprimento do seu dever constitucional” e que 31 mortes cometidas por policiais militares estão dentro da operação Verão.
Essas operações são realizadas desde 2023, quando um PM da Rota – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, considerada a tropa de elite paulista, sediada na capital – foi assassinado na região. Na daquele ano 28 pessoas foram mortas em 40 dias pela PM durante Operação Escudo – um protocolo adotado pela SSP sempre que um policial militar é morto ou ferido.
A pasta é comandada por um ex-integrante da Rota, o capitão da PM Coronel Derrite.
Fonte: G1