Começou neste sábado (17) a série de intervenções da Secretaria de Saúde, por meio dos Agentes Comunitários, que passará casa a casa nos bairros durante toda a semana para vistoriar e conscientizar a população sobre a prevenção e o combate à dengue. Neste primeiro dia, as visitas começaram logo cedo quando a equipe chegou à rua Wanderley, na região de Botujuru.
A moradora Geni Alves de Souza foi a primeira a abrir as portas de sua residência, para os agentes que visam acabar com os focos do mosquito Aedes aegypti. A ação, que segue até a sexta-feira (23), contará inclusive com o apoio tático da Segurança Integrada, com uso de drones. “A gente é responsável pelo nosso quintal. E saber que a Prefeitura coloca agentes na rua para nos orientar e ajudar é fundamental”, diz a moradora Geni.
A equipe conta ainda com Enfermeiros e Agentes de Endemia. Nesta terça-feira (20), os agentes estarão nos bairros Corcovado (manhã), Monte Alegre e Jardim América. Na quarta e quinta-feira (21 e 22) é a vez do São José 1 e 2, e na sexta (23) a equipe chega ao Jardim Vitória, Jardim Santa Lúcia e Jardim Guanciale.
Diversas são as dificuldades encontradas pelos agentes da Secretaria de Saúde durante as ações de combate à dengue. Logo no primeiro dia, cerca de 400 residências foram visitadas. Além de sanar qualquer tipo de dúvida dos moradores em relação ao mosquito e fiscalizar os quintais, a equipe também oferece orientação e auxílio à população.
Angelo Aparecido Gattamorta, de 68 anos, mora sozinho na Vila Thomazina. Quando os agentes chamaram no portão, mal conseguiu atendê-los, devido à febre alta, calafrios e dores no corpo. A equipe prontamente direcionou o morador ao hospital, acionando o serviço de emergência, por suspeita de dengue.
“O trabalho que a prefeitura vem realizando é maravilhoso. Essa é uma das ações que merecem reconhecimento. Espero que a população toda coopere atendendo a equipe e eliminando todos os possíveis focos”, afirma Ângelo, enquanto aguardava a ambulância para ir ao Hospital de Clínicas.
A Coordenadora de Vigilância em Saúde, Cristiane Ziviani, alerta que a visita tem como objetivo conscientizar, orientar e acabar com eventuais focos do mosquito encontrados. “Às vezes o morador não sabe onde há pontos com larvas, e isso nós vamos descobrir durante a vistoria. Ou até mesmo não reconhecem os sintomas. Por isso, é importante que deixem a gente entrar e que continuem seguindo as recomendações.”
Visitas
A atuação dos Agentes Comunitários de Saúde ocorre de maneira estratégica. Quando há a notificação de um caso confirmado de dengue, a Vigilância Sanitária vai até a residência e às proximidades para verificar se existem focos do mosquito dentro da casa ou em alguma residência na vizinhança. “Nós passamos de casa em casa orientando as pessoas, mas quando a casa tem foco e o morador se nega a seguir as orientações, ele fica passível de ser notificado pelas autoridades”, avalia a agente Elisangela Mendes.
A aposentada Teresinha Vicentina de Souza, 68 anos, aguardava na porta de casa a visita dos agentes. “Estamos tendo muito mosquito; eu mesma já peguei dengue”, contou. “Eu fiz questão de mostrar tudo dentro de casa, porque tomo os cuidados, mas às vezes a gente pode acabar vacilando e não reparar. Até atrás da minha geladeira me orientaram a olhar e aplicar 5 gotinhas de detergente”.
Trabalho Integrado
O trabalho de combate ao mosquito envolve diferentes órgãos. A Secretaria de Meio Ambiente realiza serviços de podas e roçadas, coletas de Cata Treco e Ecoponto para o destino correto dos resíduos. A Segurança Integrada inicia, a partir de terça-feira (20), voos de drones para buscar focos, e os escoteiros visitam as casas com equipes da Vigilância Sanitária.
Além do Hospital de Clínicas, as Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada para casos suspeitos de dengue. Quem apresentar sintomas como febre alta (acima de 38ºC), dores no corpo, nas articulações e atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, cefaleias e possíveis manchas vermelhas pelo corpo, deve procurar uma UBS ou o Hospital.