Neste 15 de fevereiro, Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância, o Grendacc se junta a organizações de saúde do mundo todo para conscientizar sobre o câncer infantil e oferecer apoio às crianças e adolescentes em tratamento e suas famílias. Segundo a médica oncologista pediátrica do Grendacc, Silvana Forsait, o câncer na infância não tem prevenção, então não podemos falar em tratamento preventivo, mas sim em diagnóstico precoce.
“A importância do Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância e também do Setembro Dourado, que ocorre no segundo semestre, é exatamente para conscientizar a população em geral – pais, cuidadores, profissionais da saúde e médicos da saúde da família – sobre os sinais e sintomas de alerta e diagnóstico precoce dessa doença, porque é isso que muda o prognostico e melhora o desfecho desses pacientes”, afirma a médica.
Atualmente, 19 crianças e adolescentes estão em tratamento efetivo no Hospital da Criança do Grendacc lutando contra o câncer, e outros 220 estão em acompanhamento. Em 2023, foram realizadas 1.402 consultas oncológicas no Grendacc; em janeiro deste ano foram 79.
O câncer é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 e 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). E de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), estima-se que todos os anos 215 mil casos são diagnosticados em crianças menores de 15 anos no mundo, e outros 85 mil em adolescentes entre 15 e 19 anos.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). Existem mais de 12 tipos de leucemia, entre elas a Leucemia Linfóide Aguda tipo B (LLA-B), que é a mais comum na infância. A incidência estimada das leucemias é de 3 a 4 casos para cada 100 mil crianças com menos de 15 anos, sendo seu pico de prevalência na faixa etária entre 2 e 5 anos de idade.
A médica oncologista pediátrica do Grendacc destaca alguns dos principais sinais e sintomas do câncer, que se assemelham aos de outras doenças, como:
Palidez; Sonolência; Palpitação; Fadiga; Manchas roxas na pele ou pontos vermelhos; Gânglios linfáticos inchados; Perda de peso; Febre persistente, de origem indeterminada, com tempo de evolução superior a 8 dias; Dores nas articulações e ossos.
Silvana Forsait recomenda que diante desses sintomas os pais busquem atendimento médico na rede básica de saúde, se a criança for paciente SUS (Sistema Único de Saúde), em um dos postos de saúde ou com o médico da família. “Se o médico achar necessário a criança então é encaminhada para um serviço oncológico de referência”, explica.
Se a criança estiver na medicina particular ou convênios deve passar em consulta com o seu pediatra geral para que ele de andamento. “É preciso reforçar que existem inúmeros diagnósticos diferentes. Não é porque a criança tem algum desses sintomas que ela tem câncer, a gente precisa pensar também nas causas mais frequentes. E se o pediatra geral achar necessário, então encaminha esse paciente para o oncologista.”
A médica do Grendacc também alerta sobre a necessidade de o paciente oncológico continuar o acompanhamento após encerrar o tratamento efetivo – quimioterapia e radioterapia. Isso é importante para detectar precocemente possíveis complicações ou a reincidência da doença. Outro fato destacado pela oncologista é a relevância do apoio multidisciplinar durante o tratamento e também no acompanhamento.
O Hospital da Criança do Grendacc, além de ser referência no tratamento oncológico em Jundiaí e região, com índices de cura de 80%, têm pediatras oncológicos altamente qualificados, uma equipe de enfermagem especializada em cuidados infantojuvenis e que preza pela humanização.
No Grendacc, o paciente conta com o apoio de um médico especialista em cuidados paliativos e profissionais da equipe multidisciplinar: Psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e assistente social. Juntos, esses profissionais se dedicam para proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares no decorrer de seu tratamento oncológico e também durante os anos de acompanhamento.