O corpo da estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Sarah Silva Domingues, de 28 anos, assassinada a tiros enquanto fazia uma pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será velado na tarde desta sexta-feira (26) e cremado em Itatiba. A jovem é natural de Campo Limpo Paulista.
Sarah fazia uma pesquisa na Ilha das Flores e fotografava a região para o TCC quando foi assassinada a tiros. De acordo com a Polícia Civil, o alvo dos criminosos não era ela, mas um homem de 53 anos que também foi morto no local. Ele tinha antecedentes criminais por porte de armas de fogo e ameaça.
Segundo a UFRGS, a jovem era militante do movimento estudantil, foi coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrou o Conselho Universitário da UFRGS.
“Ela não morreu em vão. Ela é vítima da violência nas periferias que vivenciamos todos os dias. E ela lutava e estudava por justiça social, inclusive o trabalho de graduação dela era sobre isso”, afirmou Helena Andrade Ew, colega e amiga da estudante.
A família de Sarah veio para Porto Alegre na quarta-feira (24) para a liberação do corpo, conforme amigos da estudante.
A UFRGS lamentou a morte da aluna. “A Administração Central da Universidade expressa solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Sarah”, diz nota publicada no site da instituição.
O crime
De acordo com o 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), Sarah estava em frente a um mercadinho da região quando o crime aconteceu. Moradores relataram à polícia que dois homens em uma motocicleta chegaram ao local, desceram do veículo e atiraram contra a estudante.
Na sequência, os suspeitos entraram no estabelecimento e balearam o homem. Ele e Sarah morreram na hora, informou a Brigada Militar (BM).
A mulher do homem que foi assassinado estava nos fundos do local e sobreviveu. Ela disse à BM que o marido não tinha desavenças ou inimizades que pudessem motivar o crime.
Fonte: G1