Neste Dezembro Vermelho – dedicado à conscientização sobre o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) -, Jundiaí foi certificada pela Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, concedida pelo Ministério da Saúde (MS). A conquista – um marco para a cidade – é fruto da conjunção de esforços para prevenção, diagnóstico e tratamento de ISTs/HIV, aliada a assistência adequada durante o pré-natal. Neste ano, apenas 27 munícipios alcançaram os indicadores para certificação e um município para recertificação e, nesta sexta-feira (8), participam da premiação oficial, em Brasília.
A transmissão vertical acontece quando a mãe não é diagnosticada e/ou tratada adequadamente e transmite a infecção do HIV para criança durante a gestação ou parto, podendo, no caso do HIV, também ocorrer a transmissão durante a amamentação. Há 12 anos, a cidade não registra casos.
Os municípios certificados passaram por minucioso processo, onde foram avaliados dados epidemiológicos, assistenciais e de direitos humanos, além de políticas no manejo das gestantes, puérperas e crianças vivendo com HIV. Também foram efetuadas vistorias in loco. Em agosto, os integrantes da Equipe Nacional de Validação do MS conheceram o trabalho desenvolvido na Atenção Básica, a partir da Unidade Básica de Saúde (UBS) Esplanada, no Departamento de Vigilância em Saúde, no Ambulatório de Moléstias Infectocontagiosas (AMI), nos Consultórios de Rua e no Hospital Universitário (HU).
Jundiaí, além de ofertar assistência completa a partir do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) IST/HIV, do AMI e da Atenção Básica, dispõe de um Grupo de Trabalho Intersetorial de Investigação à Transmissão Vertical do HIV, responsável pela investigação e discussão de todos os casos da cidade, e da comissão Flores de Lótus, rede de cuidados intersetoriais às gestantes usuárias de álcool e/ou outras drogas, vinculada à Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social.
O Município, desde agosto de 2022, ainda conta com a plataforma “Alertas Primeira Infância”, que aproveita os cadastros das Unidades de Gestão de Promoção da Saúde, de Educação e de Assistência e Desenvolvimento Social, cruzando os dados, inclusive sobre a necessidade de algum exame, como o de HIV, que a gestante não tenha efetuado, e emite alertas que permitirão a busca ativa e a tomada de decisões que vão refletir no bem-estar da criança e da gestante.
Além do gestor de Promoção da Saúde, participa da cerimônia, representando o prefeito Luiz Fernando, a médica do AMI, infectologista Flávia Morais Gennari Pinheiro.