Moradores de de áreas de risco são orientados sobre a Febre Maculosa

A Prefeitura de Jundiaí, a partir da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), reuniu profissionais e moradores da região da Malota para reforçar as orientações para enfrentamento da Febre Maculosa. A ação integra as medidas adotadas pelo Município para a prevenção da doença, que é endêmica na região.

Atualmente, Jundiaí tem quatro regiões classificadas, conforme as diretrizes da Secretaria de Estado da Saúde, como sendo área de risco de transmissão da doença e são monitoradas permanentemente pelas equipes técnicas de diversas Unidades de Gestão. Além da Malota, estão incluídos: a região da Vila Maringá (com os bairros Terra Nova e Paiol Velho) e os bairros Vista Alegre e Pinheirinho.

 “Atuamos o ano todo, de forma preventiva, potencializando as ações nessas áreas mapeadas e no território em que houve o registro do caso positivo. Neste momento, estamos nas regiões, reiterando as orientações. É fundamental que as pessoas, principalmente quem trabalha em áreas verdes ou reside, tenha consciência sobre o comportamento ideal para reduzir os riscos de exposição e saiba sobre a importância de buscar atendimento médico oportuno”, destaca a gerente da VISAM, biomédica Ana Lúcia de Castro Silva.

Entre os pontos esclarecidos pelo veterinário da VISAM, Felipe Pedrosa, foi que a Febre Maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato-estrela, vetor da bactéria do gênero Rickettsia, e menos de 1% da população desses animais presente no ambiente está contaminada.

Também foram enfatizadas informações sobre os aspectos clínicos da doença – o que é, período de incubação, sintomas e tratamento, e elencadas as medidas de prevenção e de comportamento para a redução dos riscos, que vão desde o uso dos equipamentos de segurança, com a utilização de calçados apropriados e de fitas para vedar as calças, à vistoria no corpo de tempos em tempos. 

“Foi um encontro muito importante, que trouxe conhecimento e esclareceu muitas dúvidas. Estamos em um ambiente que possibilita com que qualquer um de nós possa contrair essa doença. Com informação, saberemos como nos prevenir e lidar. Vamos multiplicar essas informações nos grupos para que as pessoas tomem cuidado”, avaliou o morador e membro da diretoria da Associação de Amigos da Malota, Marcos de Marchi.

Nesta semana, a Prefeitura também iniciou a instalação de placas de orientação sobre o risco da existência de carrapatos em áreas públicas onde pode ter a presença de cavalos, bois e capivaras – principais amplificadores da carga da bactéria causadora da Febre Maculosa nos carrapatos-estrela, seus vetores.

Doença
Entre os sintomas da doença estão: febre, dor no corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo. O período de incubação é de 2 a 14 dias.

A orientação é que a pessoa procure atendimento médico imediatamente, caso apresente sintomas sugestivos em até 15 dias, após ter acessado áreas de risco (de mata, capina, ciliares ou de pasto), e, independentemente de ter identificado carrapato ou picada no corpo, informe ao médico que esteve nessas áreas. O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos. Somente a picada de carrapato, sem os sintomas característicos (febre, dor de cabeça, dor abdominal, manchas na pele vômito), não exige medicação.

Neste ano, Jundiaí registra quatro casos de Febre Maculosa em residentes, com três óbitos.