Comércio será prejudicado com o fim do parcelamento sem juros, avalia Sincomercio

Considerado uma das ferramentas mais utilizadas pelo varejo para impulsionar as vendas, o parcelamento sem juros permite realizar compras sem comprometer o orçamento familiar no curto prazo.

Na avaliação do Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e Região (Sincomercio), restringir ou eliminar esse mecanismo pode gerar impactos negativos ao comércio e à economia, reduzindo o consumo, afetando a sustentabilidade de inúmeros negócios — em especial as micro e pequenas empresas.

Diante da medida que vem sendo discutida para lidar com as elevadas taxas do rotativo do cartão de crédito, o Sincomercio é contrário ao fim do parcelamento sem juros.

A entidade ressalta que o crédito, aliado ao emprego e à renda, é pilar essencial na determinação dos padrões de consumo da população. É por meio da disponibilização de uma ampla gama de métodos de pagamento que as pessoas têm a capacidade de acessar bens e serviços, seja ao aproveitar descontos em transações à vista, seja ao optar por parcelar os pagamentos sem a incidência de juros.

Não à toa, as transações via cartões de crédito, no Brasil, movimentaram R$ 2,1 trilhões no ano passado, registrando aumento de 29,4% em relação a 2021, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O parcelamento sem juros representa cerca de metade das operações realizadas em 2022.