A Polícia Civil de Jundiaí está investigando um assassinato cometido a facadas que vitimou um homem na altura do km 67 da rodovia Anhanguera, região no bairro do Fernandes, durante a madrugada desta quinta-feira (7).
Investigações preliminares indicam que o assassino seria segurança de uma casa de prostituição no Jardim Itatinga, em Campinas, onde a vítima e o primo estiveram horas antes.
Tal detalhe foi informado pelo próprio parente do assassinado. Ele também chegou a ser atacado pelo suposto segurança ao tentar defender o primo, ferindo-se pelos golpes de faca dados pelo agressor.
Em depoimento, ele contou que, após passarem uma noite na casa de prostituição, ficaram sem dinheiro para pagar a conta. Por isso, pediram para que alguém da casa os acompanhasse até em casa, onde conseguiriam os valores para quitar a dívida.
Segundo ele, o segurança do prostíbulo veio junto no carro e se irritou em Jundiaí quando seu primo, próximo de um posto de serviços, pediu para parar, pois precisava urinar.
A testemunha informou que, enquanto discutia, o segurança sacou uma faca e desferiu diversos golpes em seu primo. Ele tentou defender o parente, mas também acabou ferido.
Ainda de acordo com o sobrevivente, o segurança desceu após o ataque e entrou em um matagal, por onde seguiu até desaparecer. Ele indicou a casa onde o homem faria a segurança para que a polícia desse continuidade às investigações.
Jardim Itatinga
Bairro de Campinas, o Jardim Itatinga é considerado um dos maiores prostíbulos a céu aberto do Estado. É composto por inúmeras casas de prostituição, com mulheres andando pelas ruas ou em frente aos estabelecimentos seminuas ou mesmo nuas.
De uns anos para cá, o bairro – também conta com moradores que precisam colocar em suas casas placas com avisos de que se trata de casas residenciais – é local para atuação de traficantes de drogas e de assaltantes, muitas das vezes ligados aos próprios donos dos prostíbulos.
Queixa recorrente à Polícia Civil diz respeito a roubos e extorsões praticadas dentro das casas por criminosos contra homens que procuram os serviços de garotas de programas.
Em um dos registros policiais, um homem chegou a contar: “Depois do programa, entrou um homem no quarto armado e exigiu que eu passasse R$ 10 mil no cartão, sob ameaça de arma de fogo. Isso tudo dentro da casa”.
Um outro afirmou que, após combinar o valor do programa, outro preço, bem mais alto, foi cobrado, e ele obrigado a pagar, também sob a ameaça de arma de fogo. Nestes dois casos, as vítimas procuraram a polícia.
No entanto, acredita-se que muitas vítimas deixem de registrar boletim de ocorrência por vergonha ou mesmo por medo de que a esposa ou companheira descubram o serviço que eles procuraram no bairro da prostituição.
Com informações do Imprensa Policial