Nova modalidade criminosa vem assustando comerciantes de Jundiaí. Passando-se por integrantes de uma facção criminosa que age dentro e fora de presídios do país, desconhecidos tentam extorquir o comércio da cidade, alegando as mais diversas ameaças.
A tentativa mais recente foi feita contra um estabelecimento no Parque da Represa, próximo ao 2º DP. Dona de uma padaria, a comerciante foi contatada por dois homens que se disseram donos de um ponto de tráfico na Vila Marlene – atualmente, o tráfico de drogas no Estado é controlado pela facção.
Eles alegaram que, por conta de uma suposta denúncia feita pela comerciante, houve uma batida no ponto de tráfico e prejuízo aos responsáveis pelo local. “É óbvio que essa afirmação é uma invenção, já que eu nem sei sobre ponto de vendas naquele bairro”, disse a mulher.
Ela contou que desligou o telefone e não mais atendeu a ligação, apesar de outras tentativas feitas pelos desconhecidos. Segundo a comerciante, os dois homens foram registrados por câmeras de segurança nas imediações. A imagem de ambos será entregue no 2º DP, onde pretende registrar um boletim de ocorrência.
Já na região central, um comerciante da rua Barão de Jundiaí foi surpreendido com a ligação de um homem que afirmou ser integrante da facção. O interlocutor alegou que precisava de dinheiro para pagar advogado que liberasse um companheiro, ameaçando o comerciante caso não lhe entregasse determinada quantia.
Apesar de não dar dinheiro, outro comerciante deu, perdendo quase R$ 10 mil. Dono de uma casa de material de construção, ele foi ameaçado por um homem que se disse “braço direito” de um famoso traficante do Jardim São Camilo.
Apenas quando percebeu que o criminoso continuaria a extorqui-lo é que o dono do estabelecimento resolveu procurar a polícia para registrar um boletim de ocorrência.
A Polícia Civil, por sua vez, orienta os comerciantes a não darem dinheiro os desconhecidos. É pedido que uma unidade policial mais próxima seja procurada para que o crime possa ser investigado e, então, encontrados os autores da extorsão.
Fonte: ImpresaPolicial