O mundo acaba de ter os dias mais quentes já registrados, de acordo com dados preliminares divulgados pela Organização Meteorológica Mundial, OMM.
O levantamento também aponta o junho mais quente já registrado, com temperaturas sem precedentes na superfície dos oceanos e a menor extensão de gelo já vista no mar da Antártida.
Análise preliminar da OMM indica que o período entre 4 e 7 de julho de 2023 foi o mais quente já registrado
Essas temperaturas recordes na terra e no oceano representam risco de impactos elevados nos ecossistemas e no meio ambiente.
Segundo o chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Badour, o Oceano Atlântico também quebrou recordes de calor.
Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, ele afirmou que a temperatura na superfície do Atlântico Norte subiu 1,5°C acima da média histórica, um aquecimento considerado “sem precedentes”.
Badour contou ainda que a semana de 4 a 7 de julho poderia ser considerada a mais quente já registrada.
El Niño em evolução
O fenômeno climático El Niño, agora nos estágios iniciais de desenvolvimento, deve aumentar ainda mais o calor, tanto na superfície terrestre quanto nos mares, gerando temperaturas mais extremas e ondas de calor marinhas.
Um relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, colaborador da OMM, mostrou que este junho ficou pouco mais de 0,5°C acima da média de 1991-2020, quebrando o recorde anterior de junho de 2019.
Para chegar a um resultado mais definitivo sobre o estado do Clima, a OMM utiliza comparações da temperatura média global diária, a partir de observações combinadas de satélites e simulações de modelos computacionais, reunidas em conjuntos de dados chamados de reanálises.
De acordo com dados provisórios de reanálise da Agência Meteorológica do Japão, a temperatura média global em 7 de julho foi de 0,3°C acima do recorde anterior registrado em 16 de agosto de 2016, um ano marcado por um forte El Niño.
Fonte: Climatempo