Cerco a baloeiros em mês de festas juninas é fechado pela PM em Jundiaí e região

A Polícia Militar deve intensificar até o final deste mês ações contra a soltura de balões em todo o Estado, incluindo em Jundiaí e municípios da Região. A prática aumenta muito nesta época de festas juninas e é considerada crime ambiental.

Apenas neste ano, 34 pessoas já foram autuadas pelo delito. Também foram apreendidos 145 balões, segundo a PM. “Os grupos de baloeiros se organizam por meio de comunidades em redes sociais e aplicativos de mensagens. Eles são mais ativos na capital e região metropolitana, mas também outros municípios populosos”, explica a PM.

Major da Divisão Operacional dos Bombeiros, Curioni dá exemplos dos danos que a soltura de balão pode causar. “Basta pensarmos numa chama aterrissando em locais como depósitos com elevada carga de incêndio, locais onde se manuseiam produtos químicos ou inflamáveis, ou mesmo residências com pessoas idosas ou com mobilidade reduzida, além de florestas”, diz, acrescentando que, em todos os casos, pessoas correm risco de morte, incluindo resgatistas.

Símbolo das festas juninas, balões fazem parte da cultura popular. Antigamente, eram soltos para avisar parentes e vizinhos que as festas estavam começando.

Hoje em dia, eles se modernizaram, cresceram e são feitos por profissionais. Diversos materiais são utilizados em sua confecção. Nos de maior porte, já foi observada a utilização de um botijão de gás com fogareiro e também fogos de artifício. No entanto, de maneira geral, são utilizados materiais leves e altamente inflamáveis.

Queda e acidentes com aeronaves

De acordo com a PM, evitar acidentes é um desafio para os pilotos das aeronaves, pois os balões interferem diretamente nos tráfegos dos aviões, eles voam sem direção, além de colocar em risco os aviões com passageiros.

“Quem fabrica, transporta ou solta balões comete crime ambiental, com pena de um a três anos de detenção, pagamento de multa de R$ 10 mil e o autuado responderá a um processo judicial posteriormente. Já para o local que confecciona este tipo de artefato, há o embargo do estabelecimento e multa administrativa”, informa a PM.

Além disso, aqueles flagrados nessa prática podem responder por exposição de perigo a embarcações ou aeronaves próprias ou de terceiros, bem como de qualquer ato que dificulte ou impeça a navegação marítima, fluvial ou aérea. Nesse caso, a pena de reclusão varia de dois a cinco anos.

Outras ações

“A Polícia Militar Ambiental segue empenhada no combate à soltura de balão e atua no combate dessa prática por meio de patrulhamento ostensivo e preventivo, atividades de inteligência, fiscalizações e observação do céu para tentar deter os autores em flagrante”, diz.

Na semana passada, a Polícia Civil, por meio da Delegacia do Meio Ambiente que registra e investiga crimes ambientais, efetuou o desmanche de quatro locais destinados a este tipo de prática. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) conta com estrutura para combater esse crime e pede que as solturas sejam denunciadas ao 190. As denúncias são anônimas.

Fonte: Imprensa Policial