A Polícia Civil de Itatiba apura a acusação de uma adolescente de 17 anos que disse ter sido abusada sexualmente por um rapaz de 23 anos que conheceu pelo Facebook. O jovem foi detido pela Polícia Militar e levado à delegacia. Ele negou ter estuprado a menor, garantindo que o sexo entre ambos foi consentido.
Em depoimento, a adolescente contou que manteve conversa com o acusado pela rede social e foi convidada para sair. Afirmou que achava perigoso sair com um desconhecido, mas que toparia se encontrar com ele na frente da casa da prima, onde atualmente reside.
Ela afirmou que o jovem foi ao local de carro e, como estava chovendo, resolveu entrar no veículo. Ali, foi colocada no banco traseiro e teve as roupas arrancadas, sendo então abusada sexualmente.
O acusado, por sua vez, contou história bastante diferente. Afirmou que, após a menor entrar em seu carro, foram até o final da rua, onde começaram a se beijar. Ele contou que a adolescente sentou em seu colo e começou a “rebolar”, perguntando para ela se gostaria de “transar”. Disse que a menor garantiu que sim e, por isso, mantiveram relações dentro do carro, onde permaneceram após o ato conversando.
Ainda de acordo com a versão do acusado, em determinado momento, a jovem afirmou que estava com sono e, por isso, a deixou no portão. Como seu carro estava com problema para ligar, andou até ruas vizinhas para pedir ajuda. Quando voltou, deparou-se com parentes da menor afirmando que ele era um “estuprador”.
Já a tia da menor da adolescente contou que tem sua tutela há cerca de 12 meses e que dias atrás a parente comentou sobre ter conhecido um rapaz no Facebook, com o qual perguntou se poderia sair.
Ela afirmou ter dito não à menor, por ser perigoso sair com um desconhecido, mas que poderia conhecê-lo no portão. Algum tempo o rapaz aparecer no imóvel, notou que a sobrinha já não estava mais em frente de casa e resolveu pedir à filha para procurá-la na rua cerca de meia hora depois de não ter mais notícias dela.
Ainda segunda a tia, a menor voltou depois deste tempo, foi direto ao banheiro e tomou um banho. Depois, mandou uma mensagem para a prima dizendo que queria conversar. Quando mãe e filha chegaram para falar com a adolescente, notou que ela estava chorando, uma vez que teria sido abusada sexualmente pelo rapaz com que estivera momentos antes.
Com o caso parando na delegacia, um boletim de averiguação de estupro foi registrado e as partes liberadas. Caso seja confirmado o abuso, o acusado pode pegar uma pena de até 12 anos de reclusão.