Como resultado da alta dos insumos que compõem os custos do transporte coletivo, especialmente as variações do óleo diesel e da mão de obra, somando à inflação acumulada de 5,90% em 2022, a Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) definiu, após estudos técnicos, a atualização nos valores da tarifa do transporte público de Jundiaí, a partir da meia-noite deste domingo (8).
De acordo com a UGMT, foi adotado o menor reajuste possível, uma vez que os itens que compõem o custo do transporte tiveram grande alta – somente o diesel, no Estado de São Paulo, 20% nos últimos 12 meses (dezembro de 2021 a dezembro de 2022), de acordo com a ANP. De modo a reduzir o valor repassado aos usuários e manter descontos e gratuidades para idosos e pessoas com deficiência, o município também subsidia o serviço de transporte público. No ano de 2022, a Prefeitura investiu R$ 54 milhões do Tesouro Municipal para bancar o subsídio do transporte coletivo.
Com a atualização, no Bilhete Único, a tarifa mudará de R$ 4,50 para R$ 5,00. Para quem paga em dinheiro, cartão de débito/crédito ou QR Code, o valor passará de R$ 5,00 para R$ 5,50. Estudante pagará R$ 2,50, já o vale-transporte irá de R$ 5,00 para R$ 5,50. A tarifa social a R$ 1,00 no primeiro e terceiro domingos de cada mês ficará mantida, assim como a gratuidade para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência. Além disso, as integrações são gratuitas em até 1h30 de viagem com o Bilhete Único (qualquer categoria).
O valor da tarifa ao usuário do sistema de transporte coletivo é formada com base nos custos totais da operação, que envolve o preço do diesel, a renovação e manutenção da frota, depreciações e remunerações da empresa e suas garagens, além de outras despesas indiretas que impactam no setor de transporte, bem como a variação dos índices inflacionários e a política de subsídios com recursos municipais, que é realizada com recursos do orçamento municipal.
Com isso, o cálculo é realizado com base no valor da tarifa de remuneração: R$ 6,64, que representa o custo total do sistema de transporte público por passageiro transportado, sendo que a diferença para a tarifa pública é mantida com recursos do subsídio pago pela Prefeitura. No caso do Bilhete Único, o passageiro paga R$ 5,00, pela tarifa pública na catraca, e o restante, R$ 1,64, é bancado pelo município.
Infraestrutura e Tecnologia
O transporte coletivo atende, atualmente, cerca de 90 mil passageiros/dia, por meio de uma frota de 250 veículos que operam em 112 linhas, com atendimento a todas as regiões do município. Além disso, a infraestrutura de transporte é formada por sete terminais urbanos: Hortolândia, Cecap, Central, Vila Arens, Eloy Chaves, Rami e Colônia.
Para oferecer qualidade e conforto no serviço aos usuários, a frota conta com 20 ônibus com ar-condicionado, além de ser monitorada por GPS e câmeras de segurança, e também dispor de sistema de pagamento digital por cartão de crédito ou débito e pagamento por meio de QR Code, tudo isso para facilitar a vida dos usuários.
A partir do Plano de Mobilidade Urbana, aprovado no ano passado, os técnicos da UGMT têm desenvolvido vários estudos, como os de implantação de faixas preferenciais e/ou exclusivas de ônibus, em algumas avenidas da cidade, para aumentar a efetividade na prestação de serviços aos usuários, com redução de tempo de viagem e com foco no aumento do número de passageiros.
Novos ônibus e wi-fi
Em 2023, estão previstos novos investimentos no sistema, como a aquisição de mais 70 ônibus que vão ampliar a frota atual. Sendo que 20 deles já começarão a operar neste início de ano, e outros 50 novos serão entregues no primeiro semestre. Além disso, a partir do final de janeiro, os ônibus terão wi-fi gratuito para os usuários. É mais um serviço que será disponibilizado para que o munícipe possa ficar conectado, como prevê o programa Jundiaí, Cidade Inteligente.
“O transporte público é um desafio para melhorar a mobilidade em todas as cidades do mundo. Por isso, precisamos usar novas tecnologias para oferecer mais conforto para os usuários e também para possibilitar o monitoramento da origem-destino dos passageiros, com o objetivo de promover correções nas linhas, nos trajetos e, ainda, agilizar a viagem”, afirma o diretor de Transporte da UGMT, Leslie Tealdi Litano, que está respondendo pela Unidade.
Além disso, também serão instaladas câmeras no Terminal Central, com o objetivo de aumentar a segurança do usuário e monitorar o sistema, com foco na atuação mais rápida em eventuais ocorrências.